A pesquisa revela que, apesar de aplicativos de mensagens terem sido bastante citados como disseminadores de informações, eles são vistos como pouco confiáveis em meio à pandemia. O levantamento indica que a liderança na preferência por informações confiáveis está programas jornalísticos da TV (61%) e jornais impressos (56%) lideram no índice de confiança sobre o tema. Eles são seguidos por programas jornalísticos de rádio (50%) e sites de notícias (38%).
Sobre o conteúdo divulgado por intermédio de WhatsApp e Facebook, apenas 12% dos entrevistados dizem confiar em informações publicadas nas duas plataformas sobre o coronavírus. O índice dos que dizem não confiar nas informações atinge 58% (WhatsApp) e 50% (Facebook). 11% dos entrevistados dizem não confiar no que sai nos jornais e 12% deles afirmam ter essa desconfiança em relação aos telejornais. Os sites de notícias têm a desconfiança de 22%.
A pesquisa do Datafolha foi feita por telefone, por causa da pandemia, entre quarta (18) e sexta (20) de março. O levantamento ouviu 1.558 pessoas, e a margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou menos. Um detalhe observado pela pesquisa é que das pessoas com mais de 60 anos que têm até o ensino fundamental, 18% dizem confiar nas informações sobre a pandemia recebidas pelo WhatsApp e 17% pelo Facebook. Ao mesmo tempo, são pessoas que confiam mais nos meios de comunicação profissionais.
Bolsonaro
Os entrevistados foram também perguntados a respeito do comportamento do presidente. 20% acham que ele se comporta sempre de maneira adequada ao cargo. 27% pensam que na maioria das vezes, o comportamento dele é adequado. 26% acham que ele não se comporta como presidente. E 20% acham que o comportamento dele é inadequado a maioria das vezes. O Datafolha mostrou na segunda que a avaliação de Bolsonaro na gestão da crise é muito pior que a de governadores e ministério, também de acordo com o Datafolha.