Rio - Pesquisa do Vox Populi/revista “Carta Capital” mostra que 12% dos entrevistados, em pesquisa nacional, odeiam o Partido dos Trabalhadores. Nas sondagens, realizadas em diferentes cidades, o Vox Populi pediu que os entrevistados dissessem se eles “detestavam o PT”; “não gostavam do PT, mas sem detestá-lo”; “eram indiferentes ao partido”; “gostavam do PT, sem se sentir petistas”; ou “sentiam-se petistas”.
Na faixa dos 12% que detestam o partido, o maior percentual foi registrado na Região Sul, onde a porcentagem é de 17%. No Nordeste, o Vox Populi computou o extremo oposto, com apenas 8%. Outra polarização está entre as capitais — com 17% dos que nutrem ódio pelo partido — e os municípios em áreas menos urbanizadas — apenas 4% de antipetistas declarados. Os homens foram os que mais manifestaram ojeriza ao partido: 14%, contra 10% entre as mulheres.
Entre os entrevistados pelo Vox Populi, que odeiam o PT, 20% deles têm renda familiar maior que cinco salários mínimos. No cruzamento entre renda e região, a pesquisa do instituto mostra que os antipetistas estão mais concentrados na Região Sudeste e entre os eleitores de renda mais elevada — 21%. O que coincide com os locais onde têm ocorrido com mais frequência as manifestações antigovernistas e antipetistas. O contrário se dá entre os entrevistados de baixa renda e de municípios mais afastados das capitais do Nordeste — apenas 6%.
Em artigo para a revista “Carta Capital”, o presidente do Vox Populi, o sociólogo Marcos Coimbra, conclui, a partir dos números, que a oposição “erra em fincar sua bandeira na minoria visceralmente antipetista”, se o intuito for o de vencer as eleições majoritárias. Coimbra afirma, ainda, que erra, por sua vez, o petismo amedrontado que superestima o “antipetismo radical”.
No início do ano, o Datafolha realizou pesquisa para verificar a popularidade dos partidos políticos. Em apenas dois meses, o salto foi de 10%. Em dezembro de 2014, 61% não tinham um partido de preferência. Na sondagem posterior, já eram 71%. Em março, outra pesquisa do Datafolha mostrou que a popularidade da presidenta Dilma Rousseff (os que a avaliam entre “bom ou “ótimo”) era de apenas 13%, enquanto a do Congresso era de apenas 9%.