Para do Dr. Jefferson Brandão, lesado pela GAS, "a falência da GAS é um grande retrato do descaso da empresa com os seus milhares de clientesReprodução/Internet
GAS decreta falência após caso de pirâmide financeira
Decisão foi tomada pela juíza Maria da Penha Nobre Mauro nesta quinta-feira (16)
A GAS Consultoria, empresa de criptomoedas liderada pelo ex-pastor e garçom Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como “Faraó do Bitcoins”, teve sua falência decretada nesta quinta-feira (16). A decisão foi tomada pela juíza Maria da Penha Nobre Mauro, da 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro.
A deliberação dificulta o pagamento dos mais de 127 mil investidores cadastrados no escritório do administrador judicial da empresa, Sérgio Zveiter, que buscam recuperar os cerca de R$ 9,3 bilhões perdidos em investimentos.
Glaidson, que está preso no Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná, é acusado de liderar uma organização criminosa que teria movimentado pelo menos R$ 38 bilhões. A GAS Consultoria teria atraído cerca de 300 mil investidores com a promessa de retorno de 10% ao mês.
Especialistas explicam que, com a falência, os credores se tornam quirografários, sem preferência, o que significa que dívidas trabalhistas e com o fisco terão prioridade no recebimento. A situação dos investidores se torna ainda mais difícil, já que serão os últimos a serem pagos.
Para do Dr. Jefferson Brandão, lesado pela GAS, “a falência da GAS é um grande retrato do descaso da empresa com os seus milhares de clientes”.
“Ainda vou analisar se essa decisão, caso seja mantida em um possível recurso, será ou não favorável para todos nós clientes da GAS. A única certeza que tenho é que a sócia, foragida, Mirelis Diaz deve ser presa urgentemente”, disse.
Glaidson foi preso em agosto de 2021 na Operação Kriptos da Polícia Federal, acusado de liderar uma pirâmide financeira milionária iniciada em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. Ele responde a diversas acusações na justiça, juntamente com outras 16 pessoas, por crimes contra o sistema financeiro nacional, gestão de organização financeira sem autorização, gestão fraudulenta e organização criminosa. O empresário também é acusado de homicídio e tentativa de homicídio contra concorrentes em Cabo Frio. Sua esposa, Mirelis Yoseline Diaz Zerpa, está foragida e suspeita de comandar a quadrilha do exterior
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