Terminal de Ônibus de Turismo (TOT)Divulgação/ Internet
A medida, que entra em vigor a poucos dias do início da alta temporada, não aborda as questões urgentes de segurança enfrentadas no TOT. Os guias de turismo relatam exposição a riscos físicos devido à ausência de vigilância adequada, inexistência de câmeras de segurança e apoio limitado da guarda municipal ou polícia. Incidências de depredação e furto a ônibus estacionados no local também são frequentes.
A inadequação da infraestrutura do TOT se estende aos visitantes, com banheiros públicos em condições precárias, calçamento suscetível a lama após chuvas e vegetação descontrolada, podendo se tornar um foco de mosquitos transmissores de doenças.
Além disso, o novo limite de apenas três táxis e dois veículos de aplicativo por vez é considerado insuficiente para atender à demanda da temporada de Réveillon, com mais de 130 ônibus chegando e saindo do local.
O presidente da Associação de Hotéis e Turismo de Cabo Frio, Carlos Cunha, expressou a insatisfação, afirmando que a medida não beneficia turistas nem trabalhadores, e pediu uma solução pacífica. Um ofício foi enviado à secretaria de Mobilidade, à prefeita de Cabo Frio, Magdala Furtado (PL), à secretaria de Turismo, ao Conselho Municipal de Turismo e à Comissão de Turismo da Câmara.
Em meio às críticas, uma guia de turismo denunciou a “ditadura absurda” do coordenador da Mobilidade, a retirada de uma tenda que protegia do sol e da chuva, e a falta de estrutura para receber turistas, especialmente mulheres desacompanhadas.
O clima é de preocupação entre os profissionais do turismo, que destacam a falta de diálogo do governo municipal e as consequências desumanas para o setor, colocando em xeque a qualidade do turismo local.
O Jornal O DIA entrou em contato com a Prefeitura de Cabo Frio e aguarda um posicionamento sobre o caso.
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