À esquerda, o produtor cultural cabo-friense Diogo Mello; à direita, o secretário de Cultura de Cabo Frio, Márcio Lima Sampaio Reprodução/Rede social

Cabo Frio - Fazedores de cultura e artistas locais estão denunciando a falta de respostas e eficiência nos repasses das verbas dos editais da Lei Paulo Gustavo em Cabo Frio. Eles dizem que, embora o dinheiro já esteja nos cofres públicos desde o ano passado, não houve convocação para assinar o termo e, tampouco, previsão de pagamento.

“Enquanto isso, nos municípios vizinhos, os artistas já receberam seus pagamentos”, denuncia um artista local.

Segundo apuração do Jornal O Dia, pessoas teriam sido contratadas por um cachê de R$ 300 para trabalhar na semana ‘Teixeira e Sousa’ em março último, mas até agora não receberam.

Ainda conforme a denúncia, a secretaria de Cultura também não teria divulgado nem lançado o prêmio Teixeira e Sousa de Literatura, programado para ser lançado durante a programação, “sem dar qualquer explicação sobre o atraso”.

Uma equipe técnica teria sido anunciada para agilizar os trabalhos na pasta da Cultura, porém, como informam os artistas, tal ação não surtiu efeito, “uma vez que agora os artistas teriam menos informações devido à falta de contato, comunicação e proximidade com a equipe de fora da cidade”.

“Esta situação é preocupante e precisa ser resolvida urgentemente para garantir que a verba destinada chegue aos artistas locais”, pedem.

Em vídeo, Diogo Mello, que é um dos produtores culturais do município, expressou sua indignação. Assista:
A reportagem entrou em contato com a secretaria de Cultura para saber o posicionamento oficial. Em nota, a secretaria esclareceu que está publicando erratas diariamente sobre inconsistências encontradas nos editais e que está realizando um processo minucioso de verificação de todos os documentos para que o processo para o pagamento seja realizado. A pasta diz ainda que, ‘em breve, os proponentes serão convocados para a assinatura do Termo de Compromisso’.
Sobre as pessoas contratadas na 33ª Semana Teixeira e Souza que ainda não receberam o cachê, a Secult informou que o pagamento dos artistas tem o prazo de 60 dias para ser realizado.

Quanto ao prêmio literário, o órgão alega que a minuta para a realização do Edital do “Prêmio Teixeira e Sousa” já foi preparada e está em análise dos órgãos internos pertinentes para a publicação.