Trabalhadores da saúde protestam Reprodução/Rede social

Cabo Frio - Na manhã desta segunda-feira (9), trabalhadores ligados à Frente Popular em Defesa do SUS realizaram uma manifestação em frente à Secretaria de Saúde de Cabo Frio. O ato começou às 9h e teve como objetivo cobrar o pagamento de salários atrasados, além de exigir explicações sobre demissões recentes e a situação de contratos temporários.

Uma das organizadoras do movimento, que preferiu não se identificar por medo de retaliações e perseguições, informou que os atrasos nos salários têm afetado os trabalhadores desde outubro. Segundo ela, há relatos de profissionais que atuaram durante o mês de novembro e foram desligados ao final do período sem receber seus pagamentos.

A preocupação do grupo também abrange o pagamento referente ao mês de dezembro e o 13º salário, que, segundo os manifestantes, correm risco de não serem efetuados.
 
Trabalhadores da saúde protestam  - Reprodução/Rede social
Trabalhadores da saúde protestam Reprodução/Rede social
Durante o protesto, o grupo conta que tentou dialogar com Bruno Alpacino, secretário de Saúde da cidade, e com o setor de Recursos Humanos da pasta, mas não obteve retorno. Conforme relatado pelos participantes, o RH teria afirmado que “seria necessário obter autorização do secretário para atender os trabalhadores”, mas este não os recebeu. “Saímos de lá sem nenhuma resposta”, disse a organizadora.

Os manifestantes também criticaram a falta de transparência na gestão. De acordo com eles, o portal da transparência está fora do ar, impedindo a consulta de informações sobre os vínculos contratuais dos trabalhadores. Além disso, o movimento denuncia o que chama de perseguições políticas e assédio moral contra profissionais da saúde, especialmente àqueles que protestam pelos próprios direitos.

A Frente Popular em Defesa do SUS anunciou que as mobilizações continuarão. Uma nova manifestação está programada para esta terça-feira (10) na Câmara de Vereadores. Conforme o grupo, “a luta é pela garantia de direitos básicos previstos em lei, e os trabalhadores afirmam que não recuarão até que suas reivindicações sejam atendidas”.

Diante da situação, o Jornal O Dia entrou em contato com a prefeitura, questionando sobre o não pagamento dos salários diálogo e sobre a falta de diálogo, e aguarda retorno.