Os exercícios focaram diversas possibilidades e de tão bem montados, pareceram cenas verdadeiras Foto Sheila Leal/Defesa Civil

Campos - Capacitar socorristas e prepará-los para eventuais emergências; este foi o objetivo do simulado de acidente aeronáutico, realizado ontem (26), no Heliporto do Farol de São Thomé, em Campos dos Goytacazes (RJ). A iniciativa envolveu profissionais da Defesa Civil Municipal, funcionários da Unidade Pré-Hospitalar do Farol e do heliporto, além de integrantes do Grupo de Resgate Voluntário (GRV).
De acordo com o heliporto, diariamente, cerca de 800 pessoas são transportadas por aeronaves entre o aeródromo do Farol, plataformas de petróleo da Bacia de Campos e aeroporto da vizinha cidade de Macaé; “o número tende a subir com o início de operações da Líder, mais uma empresa de aviação, além da Omni, que já opera no local”, ressalta.
A Líder iniciou trabalhos no último dia 14 em Campos, atendendo a indústria de óleo e gás; a conclusão é de que o aumento expressivo de novas empresas atuando, número de trabalhadores embarcando e a normalidade das operações, tornam necessária a capacitação de profissionais, principalmente, da área da saúde - primeiros a serem acionados em caso de acidentes aéreos.
O simulado foi organizado pelo Infra Aeroportos e teve o objetivo de aferir a eficácia dos procedimentos estabelecidos no plano de emergência aeronáutica e atualizar os conhecimentos e técnicas de atendimento de trauma e resgate de vítimas. Entre os voluntários estavam estudantes, que observaram de perto a ação e conduta dos diversos profissionais envolvidos no caso de um acionamento real.
O coordenador do Grupo Voluntário, Emílio Martins, assinala que a organização do simulado demonstra a preocupação com o plano de emergências: “o treinamento visa também unir as equipes que atuariam em um possível acidente, provendo assim, a melhoria do tempo resposta, qualidade no atendimento e isso resulta, sem dúvida, em situação real, em vidas salvas”.
“Toda operação segura, incluiu em sua rotina simulados constantes, para aprimorar esses planos de emergência e ação”, frisa Martins, concluindo: “este foi o primeiro simulado realizado no Heliporto do Farol, no entanto, muito bem organizado pela Infra, sob supervisão do coordenador do Heliporto, Tavares, e funcionários das duas empresas que operam no local”.
Na opinião do subtenente da Defesa Civil, Leônio Rocha, toda operação simulada procura estar o mais próximo do desastre real e o cenário preparado e as instituições envolvidas são fundamentais para uma resposta rápida a demandas desta natureza: “é de suma importância a interação daqueles que atuarão diretamente em emergências desta natureza”.