A sondagem na região do desastre foi iniciada nesta quarta-feira, para definir cálculo estrutural e o tipo de material Foto Secom/Divulgação
A iniciativa aconteceu na última segunda-feira (26) e pode reforçar decisão da Defesa Civil Municipal, que solicitou à concessionária Águas do Paraíba informações sobre a ruptura da adutora de água na Avenida, quando houve o desabamento parcial do dique.
No último dia 20 (um após o acidente), a Defesa Civil, durante entrevista coletiva, já havia anunciado o procedimento; o objetivo, segundo o secretário Alcemir Pascoutto, é que os dados possam ser avaliados pelo Gabinete Municipal de Gerenciamento de Crise e órgãos competentes, e serem repassados ao Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ). O jornal entrou em contato com Águas do Paraíba, mas, até o fechamento desta matéria não obteve resposta.
Em postagem no portal do órgão, a promotoria diz que leva em consideração a necessidade de averiguar os motivos do rompimento e as condições estruturais de segurança da barragem e da via: “também busca apurar a existência de risco de novos eventos danosos no local e nos demais trechos da Avenida 15 de Novembro”.
Para substanciar as diligências já em andamento, o MPRJ requisitou diversas informações à Defesa Civil, tanto de Campos quanto do Estado; não apenas dos motivos do rompimento e do deslizamento de terra, mas, também, das atuais condições estruturais e de segurança do local do rompimento.
As solicitações abrangem avaliação dos riscos e definição de procedimentos preventivos e de resposta às situações emergenciais; as providências adotadas para manter a integridade estrutural e operacional da barragem, entre outras.
A promotoria requisitou, ainda: “vistoria ao longo de toda a extensão da barragem, além da colaboração do Instituto de Criminalística Carlos Ibope (ICCE-Campos), para a realização de vistoria no local exato do deslizamento de terra e rompimento do dique, a fim de verificar as razões de colapso de parte da estrutura”.
Nesta quarta-feira (28) as obras de preparação da base para a confecção posterior do aterro na Avenida XV de Novembro, no trecho em que o dique desabou, foram iniciadas; os trabalhos são executados pelo Governo do Estado do Rio, juntamente com a Defesa Civil do município.
As equipes e técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), realizaram vistoria, para verificar a integridade do dique e possíveis pontos críticos. A partir da sondagem na região do desastre será definido o cálculo estrutural e o tipo de material a ser aplicado na construção da base que suportará o novo trecho de dique que será construído com extensão de cerca de 200 metros.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.