Equipes da Defesa Civil fizeram diversos atendimentos para remoções de árvores Foto Defesa Civil/Reprodução
Temporal de pouco mais de uma hora causa estragos em vários pontos do município
A chuva pode ter atingido 64,6 milímetros e os ventos cerca de 60 quilômetros por hora
Campos – Um temporal de pouco mais de uma hora, acompanhado de rajadas de ventos, causou vários estragos em Campos dos Goytacazes, inclusive no centro da cidade, onde a inundação de diversas ruas foi inevitável, interditando o trânsito; na Avenida 28 de Março houve acidente envolvendo um microônibus, com nove feridos sem gravidade. Em alguns bairros, árvores foram derrubadas e quintais alagados.
De acordo com a Secretaria de Defesa Civil, na Ponte Barcelos Martins o volume de chuva atingiu 64,6 milímetros (mm) na Ponte Barcelos Martins; o Instituto Nacional de Meteorologia havia previsto até 50mm de chuva, com ventos intensos de aproximadamente 60 quilômetros por hora. O Corpo de Bombeiros, bem como a Defesa Civil municipal, receberam várias chamas, a maioria para casos de árvores derrubadas.
Com base em informações do sistema da secretaria, o secretário de Defesa Civil, Coronel Alcemir Pascoutto, diz que o núcleo de chuva convectiva, conhecida como chuva de verão, causou precipitação concentrada na região central de Campos da cidade, o que, segundo afirma, é muito difícil prever.
“Essa chuva é o resultado de muita radiação solar e de um canal de umidade que, somados, criam nuvens conhecidas como Cúmulo Nimbus, bastante carregadas e, geralmente, associadas a ventos e incidência de raios”, explica o coordenador do Centro de Monitoramento de Desastres (Cemod) da secretaria, Leandro Freitas.
Freitas detalha que, normalmente os núcleos descarregam grandes acumulados em um curto espaço de tempo de forma concentrada em uma região, “sendo que alguns podem se formar exatamente sobre localidades específicas e sem aviso prévio, que foi exatamente o que ocorreu na região Central de Campos”.
Segundo o secretário de Obras, Fábio Ribeiro, a secretaria está atuando em conjunto com a Defesa Civil, a remoção dos detritos e terá que se desdobrar na retirada de entulhos dos bueiros que, aponta, continuam contribuindo por grande parte das inundações.
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