Pascoutto orienta que é muito importante ter todos os detalhes registrados em documentos Foto Vadinho Ferreira/Divulgação

Campos - Assistentes sociais e psicólogos que atuam nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e nos Centros de Referência Especializados em Assistência Social (Creas), além de profissionais de engenharia da Secretaria de Obras e Infraestrutura acabam de serem capacitados para providências imediatas em casos de desastres ambientais, em Campos dos Goytacazes.
Nessa quinta-feira (25), todos foram preparados, pela Secretaria de Defesa Civil, para se tornarão agentes multiplicadores. A condução dos trabalhos por parte das secretarias operacionais que fazem parte do Grupo de Ações Coordenadas (Grac) foi um dos pontos abordados pelo secretário Alcemir Pascoutto.
“Essas secretarias trabalham com ações integradas de cunho preventivo, mitigatório e de preparação voltadas para o período de chuvas intensas, que tradicionalmente ocorrem de dezembro a março”, explica Pascoutto pontuando: “Acreditamos que a capacitação irá permitir que, cada vez mais, tenhamos rapidez na preparação de relatórios para declarar situação de emergência”.
O secretário explica que é muito importante ter tudo registrado em documentos, relatando as atitudes tomadas, para onde foram levadas as pessoas e suas necessidades: “É através de capacitação que fazemos com que o poder público municipal esteja cada vez mais preparado para atuar no momento de desastre”.
A importância da seriedade e celeridade no levantamento dos dados para que a população atingida seja beneficiada é ressaltada pela diretora do Departamento de Proteção Social Básica da Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social pelo secretário de Desenvolvimento Humano e Social, Paloma Cruz: “A capacitação serve para que a pasta forme uma equipe para estar disponível em situações de calamidades”.
MEDIDAS NECESSÁRIAS - Paloma Cruz assinala que a Defesa Civil é o órgão que chega primeiro no local do desastre ou onde a calamidade está instaurada: “Logo em seguida, ela aciona a pasta e, daí, chegamos com o apoio que for necessário a respeito da assistência. Por isso a importância desta capacitação, pois temos que estar preparados para o enfrentamento dessas ações e trabalhar de forma conjunta”. A capacitação foi ministrada pelo coordenador regional da Defesa Civil no Noroeste Fluminense, tenente Daniel Bernardo.
Especialista em Defesa Civil, Bernardo destaca a importância do plano de contingência, o trabalho em conjunto e a forma correta de preencher o relatório de desastres para que o município possa receber fundos do Governo Federal no menor tempo possível: “Em uma situação de desastre ambiental, é preciso especificar, junto ao governo, seja estadual ou federal, a real necessidade da pessoa que está em situação de vulnerabilidade, desalojado ou desabrigado”.
O tenente aponta também a necessidade de ser especificada a situação das estradas e tudo o que seja possível definir, para que o município consiga receber apoio do estado, “visando restabelecer serviços essenciais como educação, luz, água e saneamento básico; tudo para fazer o município voltar a funcionar, sendo importante não perder o prazo máximo de 90 dias para fazer a solicitação de recursos para reconstrução”.