Arlete Sendra (centro) mergulhou em biografias de Pessoa, para produzir mais uma obra prima Foto Patrícia Bueno/Divulgação
‘Fernandos em busca de Pessoa" reflete o talento de campista na dramaturgia
Espetáculo encerra primeira temporada em Campos, neste final de semana, no Teatro de Bolso
Campos – “Fernandos em busca de Pessoa” tem sido casa cheia, no Teatro de Bolso Procópio Ferrerira, em Campos dos Goytacazes (RJ), desde o início da temporada, dia 25. As próximas apresentações serão nesta sexta-feira (1) e domingo (3), com início às 20h.
A obra é da dramaturga campista Arlete Sendra, direção de Fernando Rossi, com apoio da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL) O ingresso pode ser adquirido na bilheteria do teatro, uma hora antes de cada sessão. A classificação é 16 anos.
O ponto central do drama está na indagação: “E se, diante de tamanha autonomia frente ao escritor, os três heterônimos mais conhecidos, Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, resolvessem travar um acerto de contas com Fenando Pessoa"?
No elenco: Alexandre Ferram, Gaya Paz, Joilson Bessa, Rachel Fernandes e Thiago Eugênio. A produção é do Estúdio Gente é pra Brilhar e não pra Morrer de Fome; com iluminação de Marco Antônio Almeida; som e projeções de Nathan Silva; cenografia de Vanderlei Machado; maquiagem de Phellipe Rangel; fotografia de Patrícia Bueno; design Lili Oliveira; e estética e visagismo do Estúdio Gente.
RESUMO DA OBRA - Consagrada em dramaturgia, Arlete Sendra explica que para conceber seu projeto lítero-teatral, mergulhou em biografias de Fernando Pessoa, obras do autor e de seus heterônimos, para construir um espetáculo que parte do encontro entre Pessoa e suas criações, atravessa questões da vida pessoal do escritor e chega ao conflito do poeta acerca de sua própria identidade, inclusive a sexual.
“A peça coloca em cena os múltiplos ‘eus’ que compõem nosso eu em singular pluralização. Trazendo Ofélia para compor nosso viver de cada dia, Fernando Pessoa nos mostra o paradoxo de nossa singularidade e a equivocidade do amor”, resume a aurora realçando: “Esta montagem é mais um diálogo com Campos, com as plurais linguagens culturais que vestem nossa arte”.
Arlete Sendra enfatiza que a montagem traz a assinatura de Fernando Rossi e dos heterônimos de Pessoa: “além de Ofélia em equívocos do amor”, realça. Rossi compartilha: “A expectativa é grande, por parte de todos envolvidos. Mergulhar no universo do poeta Fernando Pessoa tem sido um desafio prazeroso. Esperamos que o público também receba, com carinho, mais essa pérola ofertada por Arlete Sendra aos seus 90 anos”.
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