Ranulfo Vidigal observa que setor de comércio mantém suas contratações, conforme a tradição do fim de ano Foto Divulgação

Campos – Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta sexta-feira (5) pelo Ministério do Trabalho e Emprego, apontam Campos dos Goytacazes como o segundo município da região norte do estado do Rio de Janeiro que mais gerou empregos neste ano.
O levantamento compara que Campos perde apenas para Macaé, onde estão instaladas empresas ligadas ao setor petrolífero. No acumulado de janeiro a outubro de 2025 foram registradas 2.291 vagas formais e, nos últimos anos da gestão Wladimir Garotinho, o saldo atinge 16.538 empregos.
No ranking estadual, o Caged aponta que Campos ficou em sétimo lugar, atrás da capital Rio de Janeiro com 44.065 empregos gerados; Macaé, com 7.384; Duque de Caxias, com 6.212; Angra dos Reis, com 3.493; Seropédica, com 3.052; e São Gonçalo, com 2.624. O setor de Serviços aparece como que mais gerou empregos (2.419), seguido do setor agropecuário (253) e comércio (141).
Já os setores de indústria e construção apresentam um saldo negativo de 238 e 284, respectivamente. “O setor de comércio mantém suas contratações, conforme a tradição do fim de ano, e a baixa criação de emprego no mês de outubro foi geral”, observa o diretor de Indicadores Econômicos e Sociais do governo municipal , economista Ranulfo Vidigal.
O economista frisa que teve a sazonalidade em Campos, mas o município está tendo o início de recessão. “Saíram os dados do Produto Interno Bruto do terceiro trimestre, e o crescimento foi irrisório, 0,1%, o que revela que a taxa de juros muito altas praticada pelo Banco Central está tendo profundo efeito na geração de renda e, consequentemente, da geração de empregos”.
EFEITO FIM DE SAFRA - “Campos tem conseguido atrair investimentos, como está acontecendo agora com a chegada de uma grande loja de comércio varejista na cidade, que vai, com certeza, contratar trabalhadores e manter a cidade ainda entre as mais importantes cidades médias do país de um modo geral”.
Quanto ao saldo negativo de 1.632 empregos formais em outubro, ele diz que foi motivado pelo fim da safra. “Em outubro aconteceu a chamada sazonalidade do fim da safra agrícola; o mesmo quantitativo de cargos líquidos, empregos líquidos, gerado no início da safra deixou de existir no mês”.
O economista explica que o contingente que entrou no início da safra, saiu no final da mesma: “Isso é sempre normal no nosso município, em função da safra canavieira e seus efeitos positivos e negativos”, enfatiza ratificando: “A recessão não impede Campos de registrar investimentos expressivos.