Fernando MansurO DIA
Alguns dizem que o inferno é aqui. No interessante filme 'A caminho da fé', disponível na NETFLIX, o pastor pentecostal Carl Pearson disse ter ouvido “a voz de Deus” após assistir pela TV cenas do massacre de Ruanda, em 1994, que deixou mais de 800 mil mortes.
Ao ver crianças mortas ou moribundas, ele teve uma espécie de epifania, e concluiu que aquelas pessoas, mesmo não sendo cristãs e sem serem batizadas, seriam recebidas por Deus no momento apropriado. Esta pregação chocou a maioria de seus paroquianos. Sua igreja foi se esvaziando e ele acabou afastado de suas funções por seus superiores.
Chamado a retratar-se, ele insistia ter tido aquela experiência transformadora e ao mesmo tempo assustadora. Tenta argumentar e vai além, dizendo que inferno não existe, que um Deus misericordioso jamais condenaria um filho ao fogo eterno. Um Deus assim seria um monstro. Se um simples pai perdoa o filho, seríamos mais misericordiosos do que Deus?
Refletindo sobre esse enredo, entendemos que todo crime já traz consigo um castigo implícito. É a chamada lei do carma: “Aquilo que o homem semear, isto ele há de colher” – ensina a Bíblia e outros livros universais, com outras palavras.
Mas sendo o Amor a grande lei da vida, sempre haverá oportunidades de conversão para o caminho do Bem. Não há mal nem bem que durem para sempre, ensina o esoterismo. Manipular consciências é um grande pecado, pregar a separatividade é a maior das heresias.
Que consigamos nos limpar de certos dogmas que nos foram inculcados, os quais nos oprimem e nos impedem de ver além dos véus fugazes da ilusão. Podemos. Vamos!
Fernando Mansur
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