Fernando MansurO DIA

De onde vem esse sentimento? A culpa poderia ser a manifestação de alguma fraqueza estimulada? Por que faço essas perguntas? Pelo que observo em muita gente e em mim, principalmente.
Um exemplo: tomo uma atitude da qual me arrependo por algum motivo real ou imaginário. Fico então na dúvida se agi da melhor maneira ou não. A dúvida fica girando em minha mente, num círculo vicioso e interminável. A dúvida gera medo, o medo produz uma raiva que fica escondida e pronta para explodir – geralmente em cima de um inocente.
É claro que essa situação provoca um grande desgaste emocional, um desperdício de energia que poderia ser canalizada de uma forma mais útil. A quem isso interessa?
Como retomar a autoconfiança? Se agi daquele determinado modo, foi o que consegui naquele instante, e a vida é um constante aprendizado, com suas naturais consequências e responsabilidades. Posso e devo refletir sobre minhas ações diárias, fazer um retrospecto toda noite, se possível, e observar erros e acertos.
Trazemos muita bagagem conosco para esta viagem, por isso uma experiência passada pode ainda repercutir em nós, sem que saibamos a origem. A mente dá muitas voltas em nós. Podemos fazer mil coisas legais, mas se houver algum buraco deixado em nossa personalidade, é por ali que o desequilíbrio poderá entrar e se instalar.
Precisamos ter paciência conosco e fazer a nossa parte. Esta é mais uma existência. Saibamos aproveitá-la melhor desta vez. Podemos. Vamos!
Fernando Mansur