Esta é uma frase muito comum: "Eu faço o que quero de minha vida; a vida é minha, o corpo é meu...". Absolutamente certo, sob um aspecto, mas não sob o ponto de vista da unidade de todas as coisas.
Não vivemos isolados, estamos conectados por uma rede invisível de relações e interdependências. Se avançamos o sinal, podemos ferir alguém.
Outro dia, ouvi uma amiga explicar a frase "Sou livre para fazer o que quiser" em outro contexto: como atitudes equivocadas e irresponsáveis podem gerar consequências danosas não só para quem as comete, mas para outros ao redor.
Por exemplo: se prejudico meu corpo com hábitos insalubres, em algum momento posso adoecer – e não serei o único a sofrer; membros da família serão arrastados para os efeitos desses comportamentos inadequados.
Liberdade sem ética pode ser perigosa; liberdade com egoísmo costuma não ser uma boa mistura.
Uma consciência treinada na direção do bom, do belo e do verdadeiro produzirá ações carregadas de bom senso. Na ética do filósofo Platão, o bem supremo é definido como o destino final de todas as coisas, a perfeição. Um ideal a ser perseguido.
Verdade, bondade e beleza são conceitos divinos para Platão. Como em essência somos divinos, estas três virtudes fazem parte de nosso ser. Que as pratiquemos um pouquinho todo dia!
Devemos ter o altruísmo em mente quando pensarmos em exercer nosso direito inato à liberdade. Sejamos livres para viver o melhor que somos.
Quando formos mais velhos, vendo a vida em perspectiva, que encontremos mais acertos do que erros nos registros de nossa conta-corrente existencial.
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