Fernando MansurO DIA
Estive pensando sobre estas duas condições humanas e parece haver nelas todo tipo de pessoas. Certamente há pobres que não “entrarão no reino dos céus” e ricos que “passarão pelo buraco de uma agulha”, isto dependendo de seus “pensamentos, palavras e atos”. O que vai contar, pelo que aprendemos, não é a conta bancária, mas o caráter, a ética, o altruísmo, a capacidade amorosa, o senso de justiça, o Dever...
Independentemente das condições sociais do país ou da região, o que leva uma pessoa a nascer numa ou noutra condição? Imaginemos que esta não é nossa primeira vez. Somos um continuum, em movimento, plantando e colhendo. Como um ator interpretando diversos papéis. O ator é o Ego reencarnante, o papel é a personalidade, que difere em cada encarnação. Então, por analogia, podemos inferir que estamos aqui mais uma vez interpretando papéis de ricos ou de pobres (ou algo intermediário). Embora o papel já esteja delineado, o roteiro não é fixo, inalterável. Há ricos que empobrecem e pobres que enriquecem. Mas certamente cada condição tem regras e códigos de conduta peculiares.
Que defeitos e qualidades, que dons e capacidades, já trazemos conosco? O que precisamos superar e o que é necessário desenvolver? Que missão viemos cumprir?
No final das contas, no fim do ato, nossos corpos vão para o mesmo buraco, mas não nossas Almas. Vai depender de nossa atuação. Ela será avaliada por nós mesmos quando a peça passar como um filme em nossa mente. Não poderemos nos enganar.
Sic transit gloria mundi! A vida que levamos será a bagagem que vamos carregar. Que desta vez ela seja mais leve, mais rica de valores imperecíveis. É para isso que estamos aqui na escola da vida: para aprender, aproveitar, usufruir, compartilhar, até um dia entendermos que entre ricos e pobres, verdadeiramente rico é aquele que não se perdeu de Si mesmo.
Que nos reencontremos em 2026. Acreditemos. Podemos. Vamos!

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.