Átila Nunes: Causas e tratamento das doenças espirituais (parte 2)
Quando iniciamos um tratamento fluidoterápico num centro espírita, se estivermos tomando remédios alopáticos sob orientação médica, em hipótese alguma devemos abandoná-los
Na coluna anterior, referi-me às doenças espirituais, já que as físicas são meras circunstâncias ocasionais, que não nada têm a ver com vidas anteriores. São desajustes passageiros do metabolismo orgânico que podem ser curados pela medicina material. Já as doenças provenientes das nossas vibrações (pensamentos e sentimentos) são as doenças espirituais ou cármicas, resultado de uma autointoxicação fluídica. Quando estas energias descem para o organismo físico, criam o campo energético propício para a instalação das doenças que afetam todos os órgãos vitais, trazendo muito sofrimento.
As energias nocivas que provocam as doenças espirituais podem ser oriundas de reencarnações anteriores, que se mantêm no perispírito enfermo enquanto não forem drenadas. Os remédios materiais são extraídos da natureza e dissolvem a energia negativa que está provocando a doença, mas não esqueçamos, lembra Edvaldo Kulshesky, apenas dissolvem as energias negativas em relação ao corpo físico, não atingindo as energias negativas que estão no perispírito.
Quando as doenças estão presente no corpo físico, a combatemos buscando alívio. Algumas, exigem tratamentos prolongados, outras, cirurgia. Tudo isso faz parte da Lei de Causa e Efeito, que procura através deste processo doloroso nos despertar para uma reforma moral. Qualquer medida em relação às doenças, tem que se iniciar na conduta mental, refletindo o velho conceito latino "mens sana in corpore sano" (mente sã em corpo são).
A fluidoterapia e os medicamentos alopáticos merecem uma atenção especial. Quando iniciamos um tratamento fluidoterápico num centro espírita, se estivermos tomando remédios alopáticos sob orientação médica, em hipótese alguma devemos abandoná-los. A fluidoterapia age nas causas da doença e nos medicamentos alopáticos nos efeitos. Ela irá ajudar na eficiência dos medicamentos alopáticos.
Todos os nossos atos tem como causa o pensamento do espírito. Logo, os espíritos que têm pensamentos ruins, são os enfermos da alma. É preciso reeducar-nos espiritualmente, não porque os outros nos obrigam essa reeducação, e sim, porque é indispensável nossa transformação interna. E isso deve ser analisado, pensado, vivido, sem imposição de outras criaturas.
É fundamental identificar os principais responsáveis pelas energias nocivas. Os estados de indisciplina são os maiores responsáveis pela convocação de energias negativas que nos fazem adoecer em razão dos nossos perispíritos, que influenciam o corpo físico. Exemplos: orgulho, avareza, ciúme, vaidade, inveja, calúnia, ódio, vingança, luxúria, cólera, maledicência, intolerância, hipocrisia, amargura, tristeza, fanatismo religioso e vícios.
Nosso comportamento é a chave de tudo. A causa das doenças está na nossa própria irresponsabilidade no trato com a vida. Ao fazermos uma análise isenta de nosso comportamento, veremos que os males que nos atormentam persistirão, enquanto não destruirmos as causas. Temos que lutar contra todas as aflições, mas jamais de forma milagrosa. Muitos buscam atalhos, mas encontram um beco sem saída.
Uma certeza: a indisciplina mental cria os distúrbios emocionais, propociando um campo vibratório para a liberação de energias negativas. Cada criatura vive aquilo que elabora mentalmente ou o que de si mesmo tem feito através do comportamento a que se entrega. Preste bem atenção nesse detalhe, que não custa repetir: viveremos o que elaboramos na mente, ou então, do que temos feito, através do nosso comportamento.
Por isso, é importante: disciplinar sempre os pensamentos, os sentimentos e as emoções, refreando as explosões agressivas ou maldosas; impedir que elas nos levem a descontroles mentais, sentimentais e emocionais, nocivos para o corpo e para o Espírito, uma vez que alteram o equilíbrio fluídico do perispírito.
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