Arte coluna alem da vida 27 maio 2023Arte Paulo Esper

Nos seres humanos, a gravidez se refere ao estado resultante da fecundação de um óvulo pelo espermatozoide e, a seguir, o desenvolvimento do feto gerado no útero. São, em média, nova meses até seu nascimento. Mas como será a gravidez segundo o espiritismo?
A partir do momento em que a alma se une ao corpo, começa a concepção. Ela não se completa, entretanto, senão no momento do nascimento, destaca a equipe do Espiritismo.tv. Desde o momento da concepção, o espírito designado para tomar determinado corpo, a ele se liga por um laço fluídico, que se vai encurtando cada vez mais, até o instante em que a criança vem à luz. Isto faz parte do planejamento reencarnatório, processo executado toda vez que temos que viver no planeta Terra.
Esse planejamento é posto em prática para que o espírito que irá reencarnar se prepare, estudando suas possibilidades de vida. Durante este processo, serão decididas questões relacionadas à formação familiar, a estrutura física e as faculdades que devem ser exercitadas e adquiridas nesta nova vida terrena. Antes de começar nova existência corporal, contudo, espírito tem consciência e prevê o que lhe sucederá no curso da vida terrena?

Ele próprio escolhe o gênero de provas por que há de passar e nisso consiste o seu livre arbítrio. Por isto, toda gravidez é planejada na espiritualidade. Nenhuma reencarnação é espontânea e aleatória. As forças divinas são responsáveis por determinar qual filho nascerá de qual mãe. Para tudo há uma razão, mesmo que ela não seja clara para a mãe naquele momento.
O perispírito do espírito que irá reencarnar atua sobre o óvulo, dirigindo-o na seleção do espermatozoide, de modo a escolher o mais “útil” à programação reencarnatória. O encontro entre os gametas dos pais gera uma energia sobre o perispírito de sua mãe. Quando isso ocorre, essa vida latente começa a se movimentar.

O pleno êxito da gestação depende do perfeito acoplamento e aceitação do espírito ao processo, física e espiritualmente. Luiz Roberto Scholl lembra que durante essa etapa, o espírito fica "inconsciente", isto, porquê, o órgão de manifestação dessa consciência - o cérebro - está em processo de formação. Apesar disto, as situações familiares, o estado psicológico da mãe, estresse, preocupações, tanto quanto as alegrias e o bem-estar, provocam profundas repercussões no espírito, podendo afetá-lo.

O espírito que se liga ao embrião também provoca reflexos na mãe gestante. As alterações de humor, desejos incoerentes e pensamentos conflitantes dela podem ser resultados da influência do espírito que, atuando fluidicamente sobre a mãe, transformam-na em uma espécie de "médium" dele. Exemplo: a aversão repentina que algumas gestantes passam a ter de seus maridos, especialmente no início da gravidez.
Em alguns casos, justifica-se essa atitude pela vinda de um espírito antagônico ao próprio pai. E este espírito vem justamente para o reajustamento das animosidades, salienta Scholl. Finda a gestação ou até antes disso, quando se equilibram as emoções, os sentimentos do casal retornam ao nível normal.

Tudo isso demonstra a imensa responsabilidade dos pais frente à alma que reencarna sob sua égide. Esta programação se inicia no plano espiritual onde há a preparação emocional dos pais e do filho. Uma gestação emocionalmente tranquila, as conversas serenas dos pais com o bebê ainda no ventre, a manutenção de uma vida saudável à gestante e a presença amorosa do pai são fatores de profunda importância para o desenvolvimento físico, mental e emocional do bebê e, lembra Scholl, uma vida mais equilibrada e feliz ao ser que retorna à Terra.


Átila Nunes