Nós somos os condutores da sorte e do azar, ou seja, do nosso destino. Através da reencarnação que somos hoje o que fizemos ontem, seremos amanhã o que fizermos hoje, lembra Daniel Polcaro. Podemos anular ações negativas que praticamos no passado com ações positivas que praticarmos no presente.
Muitos de nós usamos velas, defumações e plantas. Outros retiram objetos do lar que supostamente atraem "coisa ruim". Muitos usam certa cor de roupa para dar sorte. Há quem mude o número da casa ou o número de letras do nome para ter mais sorte, lembra Daniel Polcaro. Outros preferem atribuir ao azar, aos espíritos, a alguém enfim, a um mês do ano, ao gato preto do que admitirmos que quem atrai ou repele coisas boas ou más somos nós, através de nossos pensamentos e atos.
Agimos assim, porque uma boa qualidade de vida pede algumas mudanças drásticas em nossa vida, que nem sempre estamos dispostos a efetuar. Por exemplo: perdoar, superar as ambições, orgulho, vaidade, eliminar os vícios, combater os impulsos agressivos, ajudar o semelhante. Há também quem acredite que desajustes em sua vida é fruto de influência espiritual.
É possível que haja essa pressão, mas nossos fracassos não são decorrentes dela, destaca Policarpo. Se estivermos bem, nenhuma influência negativa nos atingirá. Exemplo: se somos pacíficos, nenhum espírito nos influenciará a cometer um ato de violência; se não temos o vício da bebida alcoólica, nenhum espírito nos obrigará a beber. Somos herdeiros de nossas próprias ações e tendências.
Os espíritos encarnados ou desencarnados exploram nossas fraquezas ou falhas morais. Eventos negativos acontecem, porque nem sempre observamos as Leis Divinas. Casamentos não se consumam ou se desfazem (por intolerância, por traição etc.), profissões são negligenciadas (por preguiça, por insubordinação etc.), a saúde se deteriora (por velhice ou descuido da saúde), desastres acontecem (por falha mecânica ou humana), a morte se antecipa (pelo suicídio direto e indireto), guerras se iniciam (por poder, por orgulho, por intolerância religiosa).
Deus não seria justo e bom se criasse um animal para dar azar a alguém e, consequentemente, para que este animalzinho sofresse maus-tratos e perseguição, pontua Policarpo. Coisas desagradáveis e agradáveis acontecem sempre, sem data determinada, cruzando ou não com gatos brancos ou pretos. Faz parte de um mundo de provas e expiações.
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