Quase todo mundo já se perguntou: "Será que sou médium?". Em primeiro lugar, como salienta em belíssima análise da Keity Jeruska Alves dos Santos, que médium vem da palavra medianeiro, aquele que está entre o mundo espiritual e o mundo físico. Médium, portanto, é toda pessoa que sente, em qualquer grau, a influência dos espíritos. É médium, portanto.

A mediunidade é inerente ao ser humano, não é um privilégio exclusivo. A mediunidade é uma faculdade natural, o que não torna o médium ostensivo um privilegiado. A mediunidade surge de forma natural, independentemente da idade.

A mediunidade pode apresentar ou não sintomas, destaca Keity Jeruska no blog Letra Espírita. Sua revelação pode vir acompanhada de reações no campo físico e emocional, tais como dores sem uma causa ou diagnóstico definidos, emoções intensas sem causa aparente, mal-estar, sensações conflituosas. É fundamental para os que apresentam sintomas fortes de mediunidade que busquem estudar o Espiritismo.

O médium torna-se cada vez mais vulnerável, por isso a necessidade imperiosa de aprender e treinar para estar sempre sintonizado com o bem e manter os seus impulsos controlados. Até pessoas que não buscam a prática do bem, contudo, também podem possuir mediunidade ostensiva.

Isso pode se tornar um problema enorme para o médium e as pessoas que convivem com ele, já que dada sua moral comprometida, estará sintonizado com entidades pouco evoluídas que vibram na mesma faixa fluídica. São entidades ainda presas a vícios, sentimentos e práticas negativas, pontua Keity Jeruska. Além de não se ajudar, esse médium estará atraindo espíritos que alimentarão seus sofrimentos.

Há médiuns escreventes, falantes e videntes, aqueles que normalmente mais conhecemos ou observamos nos centros espíritas e terreiros de Umbanda. O perispírito é o traço de união entre a vida corpórea e a vida espiritual. É por seu intermédio que operam nos homens fenômenos tidos como sobrenaturais. Durante um processo de comunicação mediúnica, são os perispíritos que formam elos de correntes que permitem o compartilhar de ideias e sentimentos de desencarnados para encarnados.

É necessário, sim, que a criatura humana tenha uma predisposição genética para a mediunidade ostensiva, como a sensibilidade, por exemplo. Nossa reencarnação é feita em etapas e a infância é o momento no qual o humano mais tem acesso às suas memórias de vidas passadas.

Quanto mais ostensiva a mediunidade, mais percebemos que a mediunidade é uma dura missão, lembra Keity Jeruska. Por outro lado, devemos olhar para a mediunidade como uma bênção, uma oportunidade de evoluir e auxiliar a nós e aos outros, aos encarnados e desencarnados. Mediunidade não pode ser sinônimo de status. Deve ser tarefa a ser cumprida com humildade.
Átila Nunes