Juju Ferrari relata mudanças intensas na reta final da gravidez e especialista explica o que está por trás desse fenômeno Foto: arquivo pessoal

Modelo, influenciadora e empresária, Juju Ferrari está vivendo uma fase de transformações que têm chamado atenção do público. À espera do bebê, no oitavo mês de gestação, ela contou que tem experimentado um aumento significativo de impulsos e sensações, descrevendo o momento como uma fase de energia intensa e difícil de ignorar.
Juju fala sobre isso com naturalidade e até bom humor. Segundo ela, a gestação intensificou aspectos que já faziam parte de sua vida, mas agora aparecem de forma muito mais evidente. “Olho para o meu marido e já penso naquilo”, brinca, dizendo que o corpo está mais desperto e sensível nesta reta final.
Outras celebridades já abordaram publicamente mudanças comportamentais ou intensificação de impulsos ao longo da vida, como Deborah Secco, Michael Douglas, Tiger Woods e Eduardo Costa, mostrando que o tema faz parte da realidade de muita gente e não deveria ser tabu. O assunto já foi inclusive destaque no cinema, no longa “Terapia do Sexo”, de 2012, estrelado por Gwyneth Paltrow, Mark Ruffalo e Pink, que trata de pessoas em busca de equilíbrio emocional e comportamental.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, existe um diagnóstico chamado transtorno do comportamento sexual compulsivo. Mas a especialista em Sexualidade Humana Catherinne Louise explica que nem toda intensidade deve ser confundida com compulsão. “O vício só é caracterizado quando existe prejuízo real na rotina. Quando a pessoa deixa de trabalhar, estudar ou realizar tarefas essenciais porque precisa parar para atender esse impulso”, detalha.
No caso de Juju, não há sinais de desequilíbrio. Ela afirma que sua rotina segue normal, seu marido está tranquilo e tudo flui com naturalidade. “Quando estou sozinha, acabo me masturbando. É minha forma de aliviar quando sinto a energia subir”, comenta.
A especialista ainda reforça que, se os exames estão em dia e a vida segue organizada, a alta intensidade durante a gestação não é motivo de preocupação. “Seria alarmante se ela perdesse totalmente o controle dos impulsos ou colocasse outras pessoas em risco. Se não é o caso, está tudo bem”.
Se houver diagnóstico de compulsão, o tratamento envolve profissionais da saúde, como endocrinologista, ginecologista, psiquiatra, psicólogo ou terapeuta sexual. “Não existe cura baseada em proibir. É como compulsão alimentar. Tirar totalmente o estímulo só desloca o problema para outra área. O caminho é o equilíbrio”, finaliza.