Bispo Abner Ferreirafoto pessoal

“Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.” Mateus 5.9.  Sem nenhuma dificuldade se percebe nas Escrituras que o pacificador é aquele que não apenas ama a paz, mas o que se encontra envolvido com a ação que ela acarreta. O mundo nunca necessitou tanto de pessoas pacificadoras. Digo isso porque se torna cada vez mais evidente que o mundo está mergulhado em tamanha desarmonia, ideologias pervertidas, guerras e tantas pessoas dispostas a brigarem por coisas sem importância.

Na contemporaneidade, vivemos dias de aversão aos valores tradicionais da família, selvageria, mortes, guerras e tantos outros males estão cada vez mais presentes em nosso mundo. Precisamos, assim, de pessoas dispostas a disseminar a paz. Considerando este caos que o mundo atravessa, nesta sétima bem-aventurança, somos convidados a observar a necessidade de sermos pacificadores. Diante disso, todo crente que deseja ser relevante para o Reino deve almejar viver uma vida de paz.

Contudo, não podemos esquecer que a verdadeira paz está diretamente ligada a uma vivência moralmente correta submetida a Deus. Infelizmente, existem brigas entre os familiares e discórdias entre amigos. Ou seja, o homem não tem paz consigo mesmo, por isso o mundo ao seu redor está mergulhado na desordem.

Deve-se reconhecer, entretanto, que a verdadeira paz e o verdadeiro equilíbrio interior brotam da paz de Cristo, que vem da cruz. Essa é a paz que realmente nos dá alegria e conforto e nos liberta do pecado, trazendo alento para a nossa alma. Aqueles que possuem a paz de Cristo não toleram discussão e fogem de confusão. Não podemos esquecer que Jesus Cristo é o Príncipe da Paz (Is 9.6) e Ele nos deixou esta paz: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” (Jo 14.27). Ainda podemos relembrar que Jesus ordena que devemos ter paz uns com os outros (Mc 9.50).
Outro que fala sobre o assunto é o apóstolo Paulo: “Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens.” (Rm 12.18). Ou seja, ser relevante para o Reino é ser pacificador em um mundo de constante conflito.

Ainda podemos acrescentar que um pacificador é alguém que está cheio da paz de Deus. O brilho que se pode ver aqui é que os pacificadores são bem-aventurados por serem distintos das outras pessoas. Eles são os filhos de Deus e isso os faz serem diferenciados.

O pacificador não age com a agressividade, não atua com a ira e nem com a inimizade. Porém, com a estima, com a oração, sempre na dependência de Deus. Os pacificadores são aqueles que põem os “óculos da bondade” para contemplar não somente a sua paz, mas a das outras pessoas.

É importante dizer que o pacificador é também uma fonte de paz por onde passa. A Bíblia diz: “Honroso é para o homem o desviar-se de questões, mas todo tolo se entremete nelas.” (Pv 20.3). O pacificador evidencia bondade onde aparentemente não há. Os seguidores de Cristo devem distinguir-se pelos empenhos que cultivam em favor da paz.

A trajetória por nós percorrida nos faz ver que, se assim atuarmos, se alcançarmos a designação de pacificadores, faremos jus de sermos chamados filhos de Deus.


ORAÇÃO DO DIA
Que possamos nos aproximar mais do Senhor, de modo que possamos estar abrigados debaixo de Suas asas, pois ali teremos a tão sonhada paz que todos procuram.

Fonte: Livro “Ser Relevante”, Autor: Bispo Abner Ferreira, Editora Betel.
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