Bispo27novARTE PAULO MÁRCIO

Aprendemos a ser mansos contemplando a figura de Jesus em cada detalhe. Neste sentido, seria oportuno buscar refúgio em uma das falas de Cristo sobre o tema: “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.” (Mt 11.29-30).

Convém sublinhar que as atitudes de Jesus nos ensinam a viver cada uma das bem-aventuranças e a crescer em relevância em nossa comunhão com Ele. Jesus, sabendo da relevância que os mansos possuem para o Seu Reino, deixou como legado que é preciso suportar insultos e ingratidões sem abrir a boca: “Ele foi oprimido, mas não abriu a boca; como um cordeiro, foi levado ao matadouro e, como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a sua boca.” (Is 53.7).

Não é difícil de constatar que, na cruz, Jesus ensina-nos a relevância da mansidão ao perdoar aqueles que lhe faziam mal: “[...] Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem [...].” (Lc 23.34).

Não seria válido esquecer que na mansidão está o aperfeiçoamento do cristão, porque todo aquele que possui este atributo reflete o caráter de Cristo. Nesta ordem de ideia, ser manso é ser uma esperança para os aflitos e confortar os infelizes e sofredores, como Jesus fez com o ladrão na cruz: “[...] Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.” (Lc 23.43).

Assim, convém destacar que a mansidão deve ser uma das qualidades do crente, uma vez que o Espírito de Deus habita em seu interior. Importante citar que o maior bem que os mansos fazem a si mesmo é procurar viver uma vida tranquila, onde impera a paz na alma, paz com Deus e paz com o próximo.

Desse modo, a mansidão é uma virtude que previne a ira, fazendo com que os mansos tratem bem a todos, independentemente de seus defeitos. Temos de nos situar que aquele que é manso em sua vida reina a paz e suas ações, palavras, sentimentos e gestos são demonstrados de maneiras afáveis.

Podemos dizer sem medo de errar que aquele que é manso demonstra sua incondicional obediência à vontade de Deus, ainda que esta possa contradizer seus interesses pessoais. Neste sentido os mansos não veem dificuldades de se submeter à vontade do Pai. Isto significa que os mansos possuem uma qualidade que falta a muitos: o domínio próprio e a adaptação incondicional à vontade de Deus.

A relevância da mansidão na vida do crente o faz ser afetuoso com todos, não erguendo a voz ao próximo e respeitando a todos com humildade. Acrescente-se a isso que é necessário ser manso com os desprovidos, os fracos e os doentes, não tratando ninguém com aversão e sem cuidado. Entretanto, para praticarmos essa admirável virtude é necessário estarmos alicerçados em Deus e na Sua Palavra, pois, o mundo nos ensina o contrário: “Bateu, levou!”.

Seguindo este caminho, o manso também é aquele que, apesar de sofrer injustiças, não busca a retaliação, contudo espera em Deus como seu verdadeiro defensor (Is 41.17). É bom que se diga que a mansidão segundo as Santas Escrituras nada tem a ver com fraqueza.

Na Bíblia, assistimos esta propriedade relacionada com bravura e beleza. A pessoa mansa age com sensatez, de maneira tranquila, não se deixando pecar quando fica irada, afinal quem é manso pode acalmar uma situação muito tensa, falando com cautela, não com rispidez.

ORAÇÃO DO DIA: Nossa oração de hoje é para que o Senhor Jesus nos ajude a agirmos com mansidão em cada passo dado. Acreditamos que com a ajuda do Espírito Santo poderemos viver uma vida de paz e teremos uma mente renovada diariamente através da Sua Palavra.

Fonte: Livro “Ser Relevante”, Autor: Bispo Abner Ferreira, Editora Betel.
Bispo Abner Ferreira