bispo6novARTE PAULO MÁRCIO
Devemos ver em Cristo um protetor, com quem podemos sempre contar. Neste sentido só aquele que se julga inteiramente dependente de Deus, e conhece a sua insignificância, poderá desfrutar do conforto de estar abrigado debaixo de Suas asas (Sl 91.4).
É significativo observar que os pobres de espírito são todos aqueles que, por conhecerem suas fraquezas, se apoiam em Deus em todos os sentidos. Contudo, devemos ter o entendimento de que, no Sermão da Montanha, a pobreza não é vista propriamente como falta de bens materiais, contudo, como necessidade da alma em sua dependência de Deus.
Afigura-se que um cristão relevante para o Reino sabe reconhecer suas necessidades espirituais, por isso não abre mão da presença de Deus. Que possamos, assim como Pedro, reconhecer que somos dependentes do Senhor e dizer: “[...] Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna.” (Jo 6.68).
Pedro entendeu que, enquanto ele se julgasse suficiente, bom, importante e sábio, não experimentaria o agir de Deus em sua vida.
O apóstolo Pedro nos ensina que o crente consciente da relevância que possui para o Reino sabe reconhecer a sua pobreza diante do Senhor. Quem é dependente do Senhor persiste em conhecê-Lo. Os que não recuam seguem à procura do alvo.
O apóstolo Paulo disse: “Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” (Fp 3.14). Neste sentido uma pessoa que possui um espírito pobre é aquela que compreende que, longe de Deus, estará espiritualmente abatida. Em especial destaque, vemos que o pobre de espírito não espera nada de si mesmo, contudo, consciente e confiantemente espera em Deus e implora por Sua misericórdia.
Afinal, a dependência de Deus é uma qualidade muito relevante na vida do crente. Quem é humilde reconhece que sua vida depende de Deus para tudo. A Bíblia expõe que alguns personagens por serem pobres de espírito se tornaram relevantes na obra do Senhor.
José tinha tanta intimidade com Deus a ponto de escolher não pecar contra Ele (Gn 39.9). Outro exemplo é Moisés, que não se aventurou a prosseguir no caminho para a Terra Prometida, se o Senhor não fosse com ele (Êx 33.15).
Assim, uma importante questão salta os olhos: o sucesso destes homens foi reconhecer a dependência de Deus em suas vidas. Neste sentido o nosso desejo de servir a Deus deve ser semelhante ao salmista, que reconheceu sua pequenez e desejou um relacionamento mais íntimo com Deus ao dizer: “Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?” (Sl 42.1-2).
Para nós é perfeitamente compreensivo que os pobres de espírito são aqueles que reconhecem o quanto precisam do Pai e se aproximam humilhados diante de Deus, sendo recebidos em Seu Reino.
ORAÇÃO DO DIA:
Nossa oração hoje é que estejamos atentos em todo tempo, reconhecendo que ser relevante na obra de Deus requer de cada um de nós humildade, simplicidade e dependência exclusiva do Senhor, porque estes herdarão o Reino dos Céus. Fonte: Livro “Ser Relevante”, Autor: Bispo Abner Ferreira, Editora Betel.
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