Por Leandro Mazzini

Brasília - Neta e também herdeira política do saudoso Miguel Arraes, a vereadora do Recife Marília Arraes foi rifada não só pelo PT, mas também pela própria família. Ela aparecia bem nas pesquisas e tinha chance de eleição.

As articulações para barrar sua candidatura ao Governo do Estado passaram por Lula da Silva – em recados direto da cadeia – pela cúpula do PT de Pernambuco – em especial o senador Humberto Costa – pelo governador Paulo Câmara (PSB) e com a palavra final do filho e viúva de Eduardo Campos, Renata. A ascensão de Marília começou a fazer sombra forte sobre o primogênito de Campos, João Campos, que disputará vaga de deputado federal.

Questão de sobrevivência

O PSB de Pernambuco, que controla o Governo, corria sério risco de perder o Poder no Estado, berço dos Campos. Politicamente, Marília não é bem vinda no clã.

Bicadas

Como pré-candidata, Marília – que trocou o PSB pelo PT – também peitou o primo Antonio Campos, irmão de Eduardo, que tem projeto de se eleger prefeito de Olinda.

Os vices

Lula está chateado. Seu plano B é Jaques Wagner, mas com a Lava Jato à sua cola, o ex-governador quer sossego. Se Lula não convencer Wagner até dia 14, vai de Haddad.

Perigo para Bolsonaro

Apesar de bem nas pesquisas, com dois dígitos, há uma fantasma jurídico assombrando muito o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Segue nas mãos do ministro relator Luiz Fux as ações penais 1007 e 1008, de autoria da PGR e da deputada Maria do Rosário (PT-RS), no caso em que ele cita que "ela não merece ser estuprada".

Na mira

Caso seja julgado e eventualmente condenado pelo plenário ou Turma em meio à campanha, Bolsonaro pode ter o registro de candidatura cassado ou, caso se eleja sub-júdice, o diploma cassado. Bolsonaro torce para que o STF segure o caso para depois de novembro.

Ela x ele

Um detalhe: Dez anos antes, num bate-boca gravado no Salão Verde, a deputada Rosário insinuou, na visão de Bolsonaro, que ele era um estuprador. Diz ele que apenas rebateu à altura no calor da discussão.

E essa, Ciro?!

O senador Ciro Nogueira, presidente do PP, anda faceiro por ter emplacado Ana Amélia vice de Geraldo Alckmin (PSDB) na chapa presidencial, mas no Piauí, seu Estado onde disputa a reeleição, faz campanha para Lula. Ciro aparece em vídeo de apoio ao governador petista Wellington Dias, que por sua vez pede votos para o ex-presidente.

Escrivaninha

Caso não se eleja senadora por Minas, Dilma Rousseff tem projeto de uma autobiografia. Uma das histórias não reveladas envolve o carrasco Michel Temer, hoje adversário e inimigo. Ela viajara para o exterior e soube que em poucas horas Temer já ocupava o gabinete no Planalto. Dilma telefonou para ele e soltou: "Seu lugar é lá no anexo do Palácio". Só uma palinha do que levou Temer a romper.

Sobre vices

Detalhe: o vice José Alencar nunca ocupou o gabinete de Lula da Silva no Palácio do Planalto quando o presidente viajou. Aliás, mineira também, Dilma adorava Alencar. Há bastidores para volumes.

Bem lisos

Aconteceu na cidade de Senador Canedo (GO). O vereador Luis da Saúde fez um pedido inusitado para o secretário de Saúde, Eudes Castro, para a Parada Gay da cidade: 2 técnicos de enfermagem, um enfermeiro, 3 mil preservativos para distribuição e 3 mil...lubrificantes. Causou indignação de alguns colegas. A prefeitura topou.

Confere!

O secretário autorizou e num carimbo-canetada no ofício ainda mandou o pessoal do depósito da prefeitura conferir a disponibilidade do estoque.

Lucro do Itaú

A assessoria do Itaú avisou que o banco investe sim, e pesado, no social e na cultura. "Em 2017, investimos R$ 547,4 milhões em projetos, sendo que 75,7% foram através de doações e patrocínios realizados pelo próprio Itaú Unibanco e 24,3% foram por meio de verbas incentivadas por leis (Rouanet, Lei de Incentivo ao Esporte."

Tréplica

A Coluna procurou a assessoria antes de citar o lucro líquido bilionário, questionando o investimento social, e não foi atendida no conteúdo enviado. Fica agora o registro.

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