Carteira de trabalho: mais vagas de emprego, menos famílias dependentes de programas sociaisMarcelo Casal Dr./Agência Brasil
Quem sai do programa, na maioria dos casos, sai porque conquistou uma oportunidade de emprego ou prosperou trabalhando por conta própria, garantindo a renda para sustentar sua família.
No Norte Fluminense, o balanço do último ano trouxe uma ótima notícia: nos três maiores municípios da região, cerca de 19 mil pessoas deixaram a lista do Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico) do governo federal entre janeiro de 2024 e janeiro de 2025. Campos liderou o ranking, com 15.409 pessoas encontrando a porta de saída. Em Rio das Ostras, foram 2.940 pessoas e em Macaé, 554.
Se a redução de famílias no CadÚnico tem a ver com a geração de oportunidades, os números do Ministério do Trabalho e Emprego dão uma boa pista. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) – que registra as contratações e demissões com carteira assinada - o Norte Fluminense teve um saldo positivo de 8.611 empregos em 2024. Macaé liderou, com 7.097 novas vagas. Campos ocupou a vice-liderança, com 2.946 vagas de trabalho abertas.
Os empregos com carteira assinada não são o único indicador de prosperidade. Muitos trabalhadores se formalizaram, tornando-se Microempreendedores Individuais (MEI). Tornaram-se donos de seu próprio negócio e estão prosperando. Neste universo estão, por exemplo, os donos de lojinhas de bairro, costureiras, mecânicos, padeiros, confeiteiras e artesãos, entre outros. Somente m Campos, maior município da região e do interior do estado, o número de MEIs aumentou 31% nos últimos quatro anos.
É inegável a importância dos programas sociais. Somente pessoas privadas de sensibilidade criticariam a ação do Estado em oferecer suporte às pessoas que mais precisam. Mas é muito bom saber que, em alguns municípios, o conjunto de políticas públicas de proteção social e desenvolvimento econômico caminham juntas, como uma estratégia para efetivamente “promover” pessoas a uma vida melhor.
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