Carnaval do Rio, a indústria que não para

O Carnaval do Rio de Janeiro não é apenas um dos maiores eventos culturais do mundo. Além de sua grandiosidade artística, ele representa um dos principais motores da economia fluminense. Segundo estimativas da Secretaria de Estado de Turismo, este ano os dias de folia geraram R$ 6,5 bilhões em receitas em todo o estado.
Muito antes de os blocos e escolas de samba arrastarem multidões pelas ruas e passarelas, uma verdadeira engrenagem econômica entra em ação, gerando empregos e movimentando diversos setores. A preparação para o Carnaval envolve uma ampla rede de profissionais que atuam na confecção de fantasias, adereços e carros alegóricos. Artesãos, costureiros, serralheiros, escultores, pintores e designers trabalham durante meses para garantir o brilho das escolas de samba na avenida. Além disso, a produção musical e coreográfica emprega músicos, bailarinos, coreógrafos e diretores artísticos, reforçando o impacto do evento na economia criativa.
A movimentação econômica também se reflete no setor turístico, impactando setores como transporte, hospedagem e alimentação. Empresas de fretamento de ônibus, táxis e aplicativos de transporte registram aumento na demanda já nos meses que antecedem o Carnaval. Além disso, fornecedores de tecidos, plumas, materiais de decoração e iluminação veem suas vendas dispararem com os preparativos das escolas de samba e blocos carnavalescos.
Bares, restaurantes e hotéis se preparam com antecedência, reforçando sua equipe para receber os visitantes com o carinho e conforto que merecem. E o resultado deste ano foi altamente positivo. Os hotéis da capital tiveram ocupação média de 98,62% dos leitos - um índice que superou os 86,92% de 2024. Cidades como Cabo Frio, Arraial do Cabo, Angra dos Reis, Nova Friburgo e Miguel Pereira também lucraram bastante, com ocupação superior a 90%. Sem falar no aluguel de casas e apartamentos por temporada.
Passada a grande festa popular, é hora de recarregar as baterias e começar tudo de novo, preparando-se para 2026. Porque a engrenagem não pode parar.
E ainda dizem por aí que o ano só começa depois do Carnaval...