João Gordo e GloboFoto: Reprodução

Em novembro do ano passado, João Gordo e a mulher, Vivi Torrico, entraram na Justiça com dois processos contra o canal GNT por plágio e pelo nome do programa de Ana Clara, "Panelaço Ao Vivo".
O apresentador comanda a atração culinária "Panelaço" em seu canal do Youtube desde 2014 e ingressou no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) no dia 18 de fevereiro de 2023 com um pedido de registro e também de oposição da marca "Panelaço Ao Vivo".
O pedido ainda não tem data para ser avaliado pelo INPI já que está no prazo de 60 dias para qualquer interessado se opor ao pedido.
Segundo amigos da coluna, a Globo se opôs a solicitação do famoso. A emissora entrou com dois pedidos de registro para "Panelaço Ao Vivo", um nacional e outro internacional: “O João fez apenas oposição a um pedido de registro”.
Apesar da disputa judicial, a marca "Panelaço" já tem outro dono, é isso mesmo caros leitores. Tanto a Globo, como João Gordo, podem sair dessa briga de mãos abanando.
Ela foi registrada por terceiros na classe 41 (um salão ou restaurante) em 1986 e o INPI foi concedido novamente em 2021. Com isso, o dono da marca pode renovar a cada 10 anos e atualmente a vigência está marcada para expirar em 14 de agosto de 2031.
Após passar por todas as instâncias administrativas no INPI, é que se decide quem fica com o nome. De acordo com os especialistas, quem registra primeiro é dono do registro, com ressalva se a pessoa comprovar que usa de boa fé anteriormente ao registro de terceiros. O que não é o caso da Globo e nem do João Gordo.
Em uma entrevista ao Terra Degusta em outubro, Vivi confirmou que a dupla sabia que a marca tinha outro dono e entraram em contato para terem autorização para continuar com o projeto no YouTube. "O Panelaço é uma marca registrada por uma indústria de arroz, entramos em contato com eles na época e eles falaram que não tinha problema para o que a gente estava fazendo, estava beleza. Era o registro para alimentos secos, a gente tem essa delicadeza, é absurdo que uma empresa como a Globo não tenha", disse.
Vale ressaltar que o dono da marca pode entrar com pedido de oposição para que nenhum dos dois usem o nome registrado e até mesmo processar o apresentador e a emissora.