Justiça encerra processo de Luisa Mell contra ONG mesmo com reclamações da ativistaFoto: Reprodução

Parece que a paz entre ativistas não anda tão bem assim… Marina Zatz de Camargo, mais conhecida do público como Luisa Mell, travou nos bastidores uma disputa judicial contra o Instituto Caramelo de Proteção aos Animais (antigo Instituto Luisa Mell), entidade com a qual manteve vínculos no passado e que, segundo consta nos autos, decidiu excluir a ativista de seu quadro associativo, o que ela não engoliu calada.

A ação, uma Interpelação Judicial, foi movida por Luisa Mell ainda em outubro de 2024, com o objetivo de obter esclarecimentos formais sobre os motivos de sua exclusão do Instituto Caramelo e outras questões internas da ONG. A coluna Daniel Nascimento teve acesso ao processo apenas agora, após o arquivamento oficial dos autos, ocorrido em junho deste ano. De acordo com a decisão judicial, a Justiça reconheceu que o Instituto respondeu aos questionamentos, ainda que a ativista tenha considerado as respostas insatisfatórias.

Mesmo assim, o juiz responsável decidiu que o objetivo da interpelação já havia sido alcançado e determinou o arquivamento do processo. Tradução? A Justiça entende que a missão foi cumprida, ainda que Luisa Mell discorde.

E não para por aí: nos bastidores do processo, um pedido polêmico foi feito pela equipe jurídica da ativista. Ela tentou retirar documentos relacionados a um inquérito policial que foram anexados pelo Instituto Caramelo na tentativa de se defender. A tentativa foi negada pela Justiça, que afirmou que os documentos são relevantes e que a avaliação do sigilo caberá à esfera criminal.
Vale lembrar que a briga entre Luisa Mell e o então Instituto Luisa Mell ganhou força em 2023, quando a ONG mudou de nome para Instituto Caramelo e alegou que a ativista nunca contribuiu financeiramente com o projeto. Luisa rebateu, dizendo que investiu tempo, imagem e até dinheiro, chamando a situação de "golpe" e acusando a entidade de usar seu nome sem autorização em parcerias feitas.