Desde este ano, o Brasil conta com uma nova fórmula de cálculo para o salário mínimo. Agora, o governo federal utiliza a inflação do último ano somada ao Produto Interno Bruto (PIB). Essa mudança tem o intuito de garantir ganho real quando houver reajuste, não apenas a reposição dos valores "perdidos" pela inflação. Na metade do mês de abril, foi encaminhado ao Congresso Nacional o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para 2025. Nesse documento, há as previsões orçamentárias, o que também engloba gastos com o reajuste salarial.
De acordo com o PLDO enviado, o salário mínimo para 2025 será de R$ 1.502, um aumento de cerca de 6,39% ou R$ 90. As projeções realizadas apontam que a inflação deve chegar a 3,71%. Se isso se concretizar e o valor do reajuste se mantiver no projetado, significa um ganho real de 2,57%. Ainda é preciso aguardar o valor do crescimento do país - PIB - ser divulgado.
Caso não haja crescimento proveniente do PIB, o valor do salário mínimo será reajustado apenas com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), ou seja, não terá ganho real.
Vale lembrar que, para sabermos exatamente o valor do reajuste, é necessário aguardar a divulgação de ambos os índices, o que acontece no final do ano. Esses valores são apenas projeções com base nos crescimentos que vêm ocorrendo.
Cada real de reajuste no salário mínimo acarreta cerca de R$ 400 milhões no orçamento público. Isso porque o aumento acontece para beneficiários do INSS, servidores públicos, abonos salariais como o PIS/Pasep, entre outros.
Para saber mais informações sobre o INSS, economia e finanças, você pode me acompanhar no meu canal no YouTube, João Financeira, e meu perfil no Instagram, @joaofinanceiraoficial.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.