Neste mês de agosto, a Igreja Católica do Brasil dedica suas intenções pelas vocações. A família, que é lembrada neste domingo na figura do pai, é o lugar onde nascem as vocações. Essa foi também a primeira vocação de Jesus, que quis nascer em um núcleo familiar e viver a experiência do acolhimento paterno e materno.
Para Jesus, São José foi um pai cheio de ternura. Os Evangelhos atestam que Jesus sempre usou a palavra "pai" para falar de Deus e do seu amor. Muitas parábolas têm como protagonista a figura paterna. Uma das mais famosas é certamente a do Pai Misericordioso, que sublinha não só a experiência do pecado e do perdão, mas também a forma como o perdão chega à pessoa que errou.
O texto diz: "Estava ainda longe, quando o seu pai o viu e, movido de compaixão, foi ao encontro dele, abraçou-o e beijou-o". O filho esperava um castigo, uma justiça que no máximo lhe poderia ter dado o lugar de um dos servos, mas se encontra envolto no abraço do seu pai. A ternura paterna é algo maior do que a lógica do mundo.
É por isso que nunca devemos esquecer que Deus não se assusta com os nossos pecados: Ele é pai. Não se assusta com os nossos erros, com as nossas quedas, mas se entristece com o fechamento do nosso coração, com a nossa falta de fé no seu amor. 
Há uma grande ternura na experiência do amor de Deus. E é bom pensar que a primeira pessoa que transmitiu esta realidade a Jesus foi precisamente José. Pois as coisas de Deus nos vêm sempre através da mediação de experiências humanas.
Devemos nos espelhar na paternidade de José, que é um espelho da paternidade de Deus, e nos perguntar se permitimos que o Senhor nos ame com a sua ternura, transformando cada um de nós em homens e mulheres capazes de amar desta forma. Feliz Dia dos Pais!