Ao arrumarmos a casa para o Natal, devemos refletir o presépio. Ele nos causa encantamento, pois manifesta a ternura de Deus. O Criador do universo abaixa-se até a nossa pequenez. O dom da vida, sempre misterioso para nós, nos fascina ainda mais ao vermos que Aquele que nasceu de Maria é a fonte e o sustento de toda a vida.
Montar o presépio em nossas casas nos ajuda a reviver a história sucedida em Belém. Os Evangelhos continuam a ser a fonte que nos permite conhecer e meditar aquele acontecimento; mas a sua representação no presépio ajuda a imaginar as várias cenas, estimula os afetos, convida a nos sentirmos envolvidos na história da salvação, contemporâneos daquele evento que se torna vivo e atual.
Desde a sua origem franciscana, o presépio é um convite a sentir a pobreza que escolheu, para si mesmo, o Filho de Deus na sua encarnação, tornando-se, assim, um apelo para o seguirmos pelo caminho da humildade, da pobreza, do despojamento, que parte da manjedoura de Belém e leva até a cruz.
No presépio, os pobres e os simples nos lembram que Deus se faz homem para aqueles que mais sentem a necessidade do seu amor e pedem a sua proximidade. Jesus nasceu pobre, levou uma vida simples, para nos ensinar a viver do essencial. Do presépio surge a mensagem de que não podemos nos deixar iludir pela riqueza e por tantas propostas efêmeras de felicidade.
O coração do presépio começa a palpitar quando colocamos, no Natal, a figura do Menino Jesus. Assim, Deus se apresenta em um menino para fazer-se acolher nos nossos braços. Naquela fraqueza e fragilidade, esconde o seu poder que tudo cria e transforma. Parece impossível, mas é assim: em Jesus, Deus foi criança e, nesta condição, quis revelar a grandeza do seu amor, que se manifesta em um sorriso e nas suas mãos estendidas para quem quer que seja.
Padre Omar