Em sua mensagem anual pela paz, o Papa Francisco adverte sobre o impacto da inteligência artificial (IA) em nossa sociedade. O objetivo é refletir se os progressos no desenvolvimento de formas de inteligência artificial estão a serviço da fraternidade humana e da paz. O Papa faz um apelo para que o rápido desenvolvimento da IA não acentue as desigualdades e injustiças, mas, ao contrário, alivie o sofrimento global.
Nas últimas décadas, os avanços da informática e das tecnologias digitais transformaram o mundo. As ferramentas digitais estão redefinindo as comunicações, administração pública, educação, consumo e vários outros aspectos da vida cotidiana. No entanto, o uso de algoritmos em tecnologias digitais levanta preocupações éticas, pois podem extrair dados dos vestígios digitais, influenciando os hábitos das pessoas sem seu conhecimento.
A expansão tecnológica deve ser guiada por uma formação responsável, com foco na paz, no bem comum e na dignidade humana. Avanços devem contribuir para a qualidade de vida global, evitando agravar desigualdades e conflitos. A inteligência artificial deve ser um instrumento para alcançar o potencial humano, não competir com ele. O desafio é gerenciar essas transformações, preservando os direitos humanos e respeitando as instituições e leis que promovem o progresso integral.
A educação sobre o uso de inteligência artificial deve priorizar o desenvolvimento do pensamento crítico. É fundamental que usuários, especialmente os jovens, cultivem o discernimento ao lidar com dados e conteúdos da web ou produzidos por sistemas de IA.
Por fim, o Papa deseja que todos, unindo esforços, possam colaborar para aproveitar as oportunidades e enfrentar os desafios colocados pela revolução digital. A meta é entregar às gerações futuras um mundo mais solidário, justo e pacífico.
Padre Omar
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