Sem loucuras no campo dos direitos esportivos

Há não tanto tempo, aqui se falou das mudanças ocorridas na questão dos direitos esportivos. A realidade é bem diferente da que existiu até dois ou três anos, algo facilmente observado, por exemplo, pelo desinteresse no campeonato francês, com tantos brasileiros jogando lá, a começar por Neymar. Assim como, até agora, não teve negócio no caso do italiano, apesar das suas atrações e de hoje contar com Cristiano Ronaldo em campo, já há alguns anos considerado o melhor do mundo.

Aliás, informações colhidas aqui e ali nos levam à certeza de que a IMG pagou por este campeonato algo em torno de R$ 400 milhões para negociar com as TVs no mundo inteiro. Quanto à parte que nos toca, parcela menor do problema, as conversas que não deram em nada na Band e RedeTV! não saíram tanto assim do script. Há muitos anos o italiano está fora da nossa TV aberta.

A surpresa maior se dá com os canais esportivos fechados, sem exceção. ESPN, Fox e Globosat foram procurados e com nenhum deles a negociação prosperou, ratificando uma mudança de comportamento importante, mais pés no chão, por parte de todos.

Não bastasse a ressaca de uma Copa do Mundo, o mercado brasileiro passou a trabalhar de uma forma diferente e mais responsável. Ou se adaptam a ele ou por aqui, ao contrário do que sempre foi, nada será tão fácil daqui em diante.