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Como fazer a coisa errada mais uma vez

Após constatarem o tamanho das garras que Lula está mostrando e o efeito que poderá ter na condução da economia, economistas e colunistas que lhe declararam voto começam a revelar medo diante do que pode vir pela frente

Gastão Reis, colunista de O DIA divulgação

Guardadas as proporções, a atual desconjuntura nacional nos relembra a da Alemanha de 1925, na linha do que Hitler publicou no livro 'Mein Kampf' ('Minha Luta'). Nele, detalhou para quem quisesse ler as loucuras que iria fazer quando chegasse ao poder. Ninguém prestou muita atenção e não lhe cortaram as asas a
tempo na invasão dos sudetos. Ele foi lá e fez a “festa”.
Lula não é de escrever. Quando assina alguma matéria, tem sempre um ghost-writer por trás. No mundo atual, não faz muita diferença face aos inúmeros vídeos dele dizendo e desdizendo o que lhe passa pela cabeça. Ainda que tresloucado, há certo método e coerência no que pretende fazer, como diria Shakespeare. José Dirceu parece que foi ouvido por Lula na questão de que estiveram no governo, mas não se assenhoram do poder. E que se não for agora, jamais será.
Lula listou o que ia fazer. Desmontar as privatizações; voltar atrás na reforma trabalhista; retomar via BNDES a velha política externa dos empréstimos irresponsáveis com dinheiro público; furar o teto de gastos em cerca de R$ 170 bilhões para pagar o que volta a ser chamado de Bolsa Família, abrindo as portas para a
inflação; implantar o controle social da mídia; mandar às favas o período de três anos de quarentena para apenas um mês da Lei das Estatais, que protegia o país das nomeações políticas nas empresas do governo. Resumidamente: mais do mesmo que já sabemos dar errado.
Após constatarem o tamanho das garras que Lula está mostrando e o efeito que poderá ter na condução da economia, aqueles economistas e colunistas da grande mídia, que lhe declararam voto, começam a revelar medo diante do que pode vir pela frente. Armínio Franga, dentre outros, já acendeu a luz a vermelha. Pérsio Arida pulou fora. Até mesmo as jornalistas Vera Magalhães e Miriam Leitão, críticas do atual governo, bateram duro nas iniciativas de Lula arroladas no parágrafo anterior.
Há razões para ter muita gente assustada. Quando contemplamos os estragos da esquerda latino-americana, surge o seguinte contrassenso: tudo é feito na suposta defesa do povo. Mas o dia a dia de venezuelanos, cubanos e nicaraguenses é um pesadelo só. A primeira dificuldade é conseguir comida; as sofríveis condições de saúde e de infraestrutura ocupam o segundo lugar; e a liberdade virou artigo de luxo só permitido à alta cúpula desses governos no sentido de fazer o que bem entendem contra os ditos inimigos do povo.
Uma coisa é o discurso; outra é a prática. Na verdade, as carências de todo tipo nesses países tornam evidente que as condições de vida do povo não são prioridade. Prometem o paraíso na terra, e entregam o inferno. Hora de estarmos alertas para não trilhar o caminho da servidão.
Os nomes anunciados para o futuro governo Lula não inspiram confiança na população. Eles se destacaram na roubalheira exposta pela operação Lava-Jato, comprovada pela devolução de bilhões. A certeza é de que estão de volta à cena do crime. Vigilância máxima é o nome do jogo.

(*) Digite no Google para assistir: “Dois Minutos com Gastão Reis: As estatais e você”.
Ou use o link: https://www.youtube.com/watch?v=zkaVqy-sy14 
 
*Gastão Reis, Economista e escritor
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Gastão Reis, colunista de O DIA divulgação

Guardadas as proporções, a atual desconjuntura nacional nos relembra a da Alemanha de 1925, na linha do que Hitler publicou no livro 'Mein Kampf' ('Minha Luta'). Nele, detalhou para quem quisesse ler as loucuras que iria fazer quando chegasse ao poder. Ninguém prestou muita atenção e não lhe cortaram as asas a
tempo na invasão dos sudetos. Ele foi lá e fez a “festa”.
Lula não é de escrever. Quando assina alguma matéria, tem sempre um ghost-writer por trás. No mundo atual, não faz muita diferença face aos inúmeros vídeos dele dizendo e desdizendo o que lhe passa pela cabeça. Ainda que tresloucado, há certo método e coerência no que pretende fazer, como diria Shakespeare. José Dirceu parece que foi ouvido por Lula na questão de que estiveram no governo, mas não se assenhoram do poder. E que se não for agora, jamais será.
Lula listou o que ia fazer. Desmontar as privatizações; voltar atrás na reforma trabalhista; retomar via BNDES a velha política externa dos empréstimos irresponsáveis com dinheiro público; furar o teto de gastos em cerca de R$ 170 bilhões para pagar o que volta a ser chamado de Bolsa Família, abrindo as portas para a
inflação; implantar o controle social da mídia; mandar às favas o período de três anos de quarentena para apenas um mês da Lei das Estatais, que protegia o país das nomeações políticas nas empresas do governo. Resumidamente: mais do mesmo que já sabemos dar errado.
Após constatarem o tamanho das garras que Lula está mostrando e o efeito que poderá ter na condução da economia, aqueles economistas e colunistas da grande mídia, que lhe declararam voto, começam a revelar medo diante do que pode vir pela frente. Armínio Franga, dentre outros, já acendeu a luz a vermelha. Pérsio Arida pulou fora. Até mesmo as jornalistas Vera Magalhães e Miriam Leitão, críticas do atual governo, bateram duro nas iniciativas de Lula arroladas no parágrafo anterior.
Há razões para ter muita gente assustada. Quando contemplamos os estragos da esquerda latino-americana, surge o seguinte contrassenso: tudo é feito na suposta defesa do povo. Mas o dia a dia de venezuelanos, cubanos e nicaraguenses é um pesadelo só. A primeira dificuldade é conseguir comida; as sofríveis condições de saúde e de infraestrutura ocupam o segundo lugar; e a liberdade virou artigo de luxo só permitido à alta cúpula desses governos no sentido de fazer o que bem entendem contra os ditos inimigos do povo.
Uma coisa é o discurso; outra é a prática. Na verdade, as carências de todo tipo nesses países tornam evidente que as condições de vida do povo não são prioridade. Prometem o paraíso na terra, e entregam o inferno. Hora de estarmos alertas para não trilhar o caminho da servidão.
Os nomes anunciados para o futuro governo Lula não inspiram confiança na população. Eles se destacaram na roubalheira exposta pela operação Lava-Jato, comprovada pela devolução de bilhões. A certeza é de que estão de volta à cena do crime. Vigilância máxima é o nome do jogo.

(*) Digite no Google para assistir: “Dois Minutos com Gastão Reis: As estatais e você”.
Ou use o link: https://www.youtube.com/watch?v=zkaVqy-sy14 
 
*Gastão Reis, Economista e escritor
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