Existe uma vasta literatura econômica sobre as falhas de mercado. São situações em que o mercado livre não consegue resolver a correta alocação de bens e serviços numa economia, redundando em perda de bem-estar social. Empresas podem produzir externalidades, como poluição do meio ambiente. E, obviamente, providências precisam ser tomadas para neutralizar tais efeitos negativos. Tais disfunções têm
nomes: monopólio, monopsônio (um único comprador), assimetria de informações (ou informações privilegiadas), imobilidade de fatores e ainda bens públicos que não atraem investimentos privados.
É legítimo nesses casos que o governo atue em defesa do interesse público. O caso da AT&T (sigla em inglês para American Telephone and Telegraph) é ilustrativo. Era um imenso monopólio nos EUA, que acabou sendo dividido em várias empresas menores para restaurar a concorrência e permitir a redução de preços em benefício dos consumidores. Ou seja, países responsáveis, que funcionam a favor de sua população, sempre dispõem de mecanismos legais para contornar essas situações anômalas prejudiciais à grande maioria.
É muito comum, na América Latina, a intervenção de governos de esquerda na esfera econômica indo muito além do razoável. Curiosamente, a justificativa é sempre a defesa dos interesses do povo. Esquecem, com total sem cerimônia, o que podemos chamar de falhas de governo. São aqueles casos em que benefícios de curto prazo se revelam desastrosos a longo prazo. Tabelar preços deu errado já na época do código de Hamurabi e no Império Romano, milênios atrás. Não obstante, continuam populares em países ao sul do Equador.
A economista Deirdre McClosley, ex-professora da Universidade de Harvard, em seu livro traduzido 'Os Pecados Secretos da Economia', defende as virtudes da quantificação e da matemática, mas critica seus pecados secretos: teoremas qualitativos sem densidade quantitativa e significância estatística (grau de acerto dos números pesquisados) igualmente sem densidade estatística. Ou seja, falta uma investigação exaustiva do "quanto" estamos falando.
Por outro lado, põe à mostra a situação de certos países em nossa região que fizeram uma opção pela narrativa de "política econômica" de esquerda sem base teórica e muito menos prática. Ela nos brinda como uma avalição do que ocorreu com Cuba a longo prazo: "A renda per capita em Cuba caiu um terço de 1959 para cá (dias atuais), enquanto na República Dominicana, no Chile, no México, no Brasil, na verdade na América Latina e no Caribe como um todo, mais que duplicou".
Certamente, o "como um todo" dela exclui países como a atual Venezuela, a Nicarágua e a própria Argentina, esta um exemplo de como o peronismo foi capaz de instaurar um processo de regressão econômica, que levou o país à situação dramática em ele hoje se encontra. O lado patético de nosso atual governo federal, comandado por Lula e PT, é justamente de tentar adotar políticas sociais e econômicas que
levaram esses países ao caos. Em outras palavras: voltar a praticar falhas (fatais) de governo.
Nota: digite no Google: "Dois Minutos Gastão Reis: Desconhecer as leis econômicas dá prejuízo". Link: https://www.youtube.com/watch?v=gV7NNj_uRkM.
nomes: monopólio, monopsônio (um único comprador), assimetria de informações (ou informações privilegiadas), imobilidade de fatores e ainda bens públicos que não atraem investimentos privados.
É legítimo nesses casos que o governo atue em defesa do interesse público. O caso da AT&T (sigla em inglês para American Telephone and Telegraph) é ilustrativo. Era um imenso monopólio nos EUA, que acabou sendo dividido em várias empresas menores para restaurar a concorrência e permitir a redução de preços em benefício dos consumidores. Ou seja, países responsáveis, que funcionam a favor de sua população, sempre dispõem de mecanismos legais para contornar essas situações anômalas prejudiciais à grande maioria.
É muito comum, na América Latina, a intervenção de governos de esquerda na esfera econômica indo muito além do razoável. Curiosamente, a justificativa é sempre a defesa dos interesses do povo. Esquecem, com total sem cerimônia, o que podemos chamar de falhas de governo. São aqueles casos em que benefícios de curto prazo se revelam desastrosos a longo prazo. Tabelar preços deu errado já na época do código de Hamurabi e no Império Romano, milênios atrás. Não obstante, continuam populares em países ao sul do Equador.
A economista Deirdre McClosley, ex-professora da Universidade de Harvard, em seu livro traduzido 'Os Pecados Secretos da Economia', defende as virtudes da quantificação e da matemática, mas critica seus pecados secretos: teoremas qualitativos sem densidade quantitativa e significância estatística (grau de acerto dos números pesquisados) igualmente sem densidade estatística. Ou seja, falta uma investigação exaustiva do "quanto" estamos falando.
Por outro lado, põe à mostra a situação de certos países em nossa região que fizeram uma opção pela narrativa de "política econômica" de esquerda sem base teórica e muito menos prática. Ela nos brinda como uma avalição do que ocorreu com Cuba a longo prazo: "A renda per capita em Cuba caiu um terço de 1959 para cá (dias atuais), enquanto na República Dominicana, no Chile, no México, no Brasil, na verdade na América Latina e no Caribe como um todo, mais que duplicou".
Certamente, o "como um todo" dela exclui países como a atual Venezuela, a Nicarágua e a própria Argentina, esta um exemplo de como o peronismo foi capaz de instaurar um processo de regressão econômica, que levou o país à situação dramática em ele hoje se encontra. O lado patético de nosso atual governo federal, comandado por Lula e PT, é justamente de tentar adotar políticas sociais e econômicas que
levaram esses países ao caos. Em outras palavras: voltar a praticar falhas (fatais) de governo.
Nota: digite no Google: "Dois Minutos Gastão Reis: Desconhecer as leis econômicas dá prejuízo". Link: https://www.youtube.com/watch?v=gV7NNj_uRkM.
Gastão Reis
Economista e palestrante
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