Enquanto muita gente aproveitou o feriadão, fugindo, a maioria, para Região dos Lagos, ficamos cá, na cidade quase vazia das pessoas de bem.
Claro, os bandidos, na maioria, permaneceram no Rio para "trabalhar" mais à vontade. Nós, aqui no Principado da Água Santa, mais precisamente ao redor da caverna, ficamos em total prontidão. A nossa área, até agora, continua calma, típica cidadezinha do interior. Amém.
As compras de casa já resolvidas, o negócio é curtir o pouco movimento, e o respectivo barulho das motocicletas, dos ônibus, até das pessoas que não saíram da área. Como é ótimo ter tranquilidade e paz de espírito. Tenho amigos que sequer lembraram das contas, dos remédios diários, dos anúncios de falsos medicamentos que prometem curas milagrosas de doenças que nos chegam através dos ZAPs.
Só o Fred mencionou os tais chás que invadiram redes sociais, com mais frequência a partir do início da semana que está terminando, e que indicavam, também, medicamentos vendendo curas milagrosas. Pelo visto, só não curam as dívidas bancárias e as unhas encravadas.
Acho que faltaram também receitas para frieira, bicho de pé, dor nas juntas e Panarício. Ou panariço, conforme o dito popular. Ih, o nome certo é panarício, causado por pessoas que roem unhas.
Agora, perdoem amigos leitores, vou dar uma parada sobre a tranquilidade no feriadão. Falei no panarício e lembrei do Manuel, garçom do falecido bar da dona Maria. É que ele tinha a tal infecção em vários dedos das mãos. Trabalhava fazendo faxina, lavando copos e servindo a freguesia. Entenderam a situação? Surgiu a história, nunca confirmada, do cara que deixava o dedo atingido pela infecção, trabalhando em restaurante, e que aproveitava para fazer compressa de imersão quando servia caldos ou sopas para os fregueses. Cruzes! Calma, gente. É história pra boi dormir. Carioca é doido para inventar esse tipo de causos não verídicos. E que acabam virando verdade. Mas, vamos voltar aos anúncios de golpistas. Até o Sidney Rezende, amigo e companheiro em O Dia - a coluna dele, diária, fica na "cobertura" da página 2, foi o primeiro a mandar alerta quando informei sobre os falsos tratamentos: Ih, Luar, é Fake News! O amigo é fenomenal e sempre bem informado. Ele conheceu a caverna, aqui no Principado.
Fiquei feliz com a visita dele com a família, naquela ocasião. Trouxe até o cachorro, enorme, negro como a noite que não tem luar. Educado, nem latiu ou fez xixi na casa. O nome é Ttoggi - pronuncia-se Tógui. Verdadeiro monte de finesse. Agora, amigos, vamos torcer para que vítimas de doenças gravíssimas, não embarquem na canoa furada, atraídas por espertalhões que usam as redes sociais para seus golpes. E, principalmente nesses casos de curas de doenças da próstata. Os espertinhos ainda têm a cara de pau para aconselhar os pacientes a jogarem no lixo os remédios prescritos por oncologistas.
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