
"Fizemos, ao longo de 2020, nada menos que 348 sessões extraordinárias, o que representa 866% mais sessões do que as realizadas em 2019. Dos mais de 1.600 projetos de lei apresentados, a maioria foi relacionada ao enfrentamento à Covid-19. Desse total, 435 se tornaram leis de proteção à vida e do direito do cidadão. As comissões da Casa emitiram 5.482 pareceres a projetos de lei, um aumento de 15% comparado a 2019. Foram incontáveis reuniões com cidadãos comuns, com a sociedade civil organizada, sindicatos, autoridades, empresários, chefes de poderes, sempre na busca de soluções para a crise gravíssima que se encontra o Rio de Janeiro, estado recordista em perdas de emprego com carteira assinada no Brasil".
O afastamento do governador Wilson Witzel não deixará de ser falado. "Diante das denúncias de irregularidades nos contratos firmados pela Secretaria de Estado de Saúde durante a pandemia, foram abertas duas investigações de suma importância. A primeira foi a Comissão Especial de Fiscalização dos Gastos no Combate ao Coronavírus. Um trabalho brilhante que produziu um relatório de mais de 600 páginas, após analisar centenas de planilhas, contratos e ouvir secretários e ex-secretários da pasta, além dos representantes das Organizações Sociais da Saúde acusadas das irregularidades. A segunda foi a Comissão Especial Processante que resultou no afastamento do governador Wilson Witzel, decisão que contou com a unanimidade – repito – com a unanimidade dos votos dos deputados presentes àquela sessão. Não nos orgulhamos de termos sido obrigados a afastar um governador democraticamente eleito, mas era nossa obrigação, a coisa certa a ser feita mediante tudo o que foi revelado".
O plano deveria prever tratamento especial para o Rio. A população vulnerável que vive nas comunidades está mais exposta ao risco de contaminação do que a de localidades menores e mais afastadas. Hoje, quase 500 pessoas que deveriam estar internadas não têm vagas nos hospitais.