Eduardo Paes segue com trabalho de transição. - Estefan Radovicz
Eduardo Paes segue com trabalho de transição.Estefan Radovicz
Por Nuno Vasconcellos
A orientação dentro do Quartel General do prefeito eleito Eduardo Paes é manter "silêncio obsequioso" sobre a prisão do prefeito do Rio e bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, Marcelo Crivella. A primeira reação pública de Paes foi tentar dar um caráter de normalidade na relação dos técnicos ainda no município com os seus auxiliares designados para levantar dados úteis para a futura gestão. Paes ligou para o presidente da Câmara de Vereadores, Jorge Felippe, e pediu para que ele "mobilizasse os dirigentes municipais para continuar conduzindo suas obrigações e atendendo a população". O segundo pedido foi orientar Felippe de que ele mantivesse inalterado o trabalho de transição que já vinha sendo tocado". Após esta conversa o prefeito eleito publicou nas suas redes sociais.
O PAPEL DE PEDRO PAULO
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A segunda movimentação consistente partiu do deputado federal Pedro Paulo, futuro secretário municipal de Fazenda, Planejamento e Controladoria do Governo, que fez o papel de bombeiro e não de incendiário. Ele trocou mensagens com o analista da CNN Brasil, Igor Gadelha. Uma delas parecia ser para "fora", mas, na verdade, o destino certo era para "dentro", voltada para aliados: "Político experiente não celebra prisão de outro, mesmo que sejam inimigos vicerais". O sinal emitido por Pedro Paulo era que não é hora de comemorar, soltar fogos ou sair aos quatro ventos propagando que o adversário caiu em desgraça. O curioso é que o governador afastado, Wilson Witzel, ainda durante a campanha de 2018, e o próprio Marcelo Crivella, na campanha deste ano, apostaram que Eduardo Paes seria preso. Isto não aconteceu. Pior. Por capricho da política - e do destino -, foi o bispo quem acabou engalfinhando nas malhas de investigadores da Polícia Civil e de procuradores do Ministério Público. 
Ex-possível-ministro de Bolsonaro
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A prisão de Marcelo Crivella ontem afastou a possibilidade de se tornar ministro de Bolsonaro no próximo ano. O nome do prefeito do Rio de Janeiro foi uma das sugestões levadas ao presidente para integrar um possível novo ministério, no caso de ocorrer uma reforma no primeiro escalão em 2021. Agora, o futuro político do pastor está indefinido.
Mercado em alta
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O setor imobiliário não pode reclamar de 2020. A redução das taxas de juros e a oferta de financiamentos desentocaram os reais guardados agora destinados para a compra de lotes no interior do estado e da casa própria. Segundo a Abecip, os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atingiram R$ 13,86 bilhões em outubro de 2020, com crescimento de 7,4% em relação a setembro. 
Racismo: Lei mais dura
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Está tramitando no Senado um projeto de lei, enviado pelo Movimento Negro Unificado (MNU), que altera o artigo 121 do Código penal e o artigo 1 da Lei 8.072/90 e classifica como crime qualificado e crime hediondo o homicídio ou feminicídio praticado em razão de raça, cor ou etnia. 
Pedido de cassação
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O MPE pediu a cassação do mandato do vereador eleito do Rio de Janeiro , William Coelho (DC), por abuso do poder político por uso da Comlurb como plataforma política. Coelho foi nomeado há poucos dias como secretário de Ciência e Tecnologia de Eduardo Paes.