A polêmica decisão do prefeito de São Gonçalo, Capitão Nelson, em tornar o filho secretário. - Divulgação / Maria Costa
A polêmica decisão do prefeito de São Gonçalo, Capitão Nelson, em tornar o filho secretário.Divulgação / Maria Costa
Por Nuno Vasconcellos
O candidato do PT derrotado à prefeitura de São Gonçalo, Dimas Gadelha, assumiu a Secretaria de Gestão de Metas de Maricá. "É uma honra e um novo desafio. Afinal de contas, o que seria da vida sem desafios? Estou pronto para somar no governo do meu amigo Fabiano Horta, com quem tenho tido o prazer de conviver e aprender mais. Tenho o compromisso de trabalhar com afinco para que as metas da gestão sejam cumpridas e ampliadas", disse ele. Gadelha perdeu a eleição para Capitão Nelson (Avante) que já está enrolado com uma representação protocolada no Ministério Público que pede a investigação de suposto nepotismo ao nomear o filho Douglas Ruas como secretário municipal de Gestão Integrada. Mal a nova gestão assumiu, já trouxe decepção para parte do eleitorado. João Vitor Pires, do Movimento Acredito, é um dos que vê "imoralidade" nesta contratação. Na Câmara de Vereadores, os novos parlamentares fizeram um ofício pedindo informações sobre a nomeação. Em nota, a Prefeitura de São Gonçalo afirmou que não há nepotismo e que "o secretário tem todas as qualificações para o cargo, com formação em Gestão Pública".

DIMAS GADELHA EM SILÊNCIO

Com experiência no serviço público, Gadelha já foi secretário de Saúde em São Gonçalo, cidade com grande acúmulo de problemas em todas as áreas. Com o objetivo de implementar metas, sistemas de acompanhamento e otimização dos serviços prestados pelo município à população, o médico Dimas Gadelha chega a Maricá para assumir a Secretaria de Gestão de Metas, que é uma área estratégica diante do desafio de atualizar e modernizar a gestão pública, com foco na coordenação das políticas sociais e seus impactos para o desenvolvimento humano. A escolha de Dimas reforça a visão de uma gestão que associe capacidade técnica e sensibilidade social. A presença dele na equipe do prefeito Fabiano Horta fortalece ainda mais uma visão de gestão pública humana, democrática e de participação popular. 
PP: Fogo amigo
Publicidade
Passada a eleição, o pote de mágoas de lideranças do PP com o deputado federal Luizinho, presidente regional da legenda, derramou. Apesar de o partido ter crescido no número de prefeituras, pelo menos três mandatários que não se reelegeram garantem que vão abandonar o barco por se sentirem desamparados por não terem sido lembrados por época do repasse eleitoral. 
Mais um problema para Paes
Publicidade
O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA-Rio) não recebe repasses da Prefeitura do Rio desde outubro de 2020, o valor devido a 203 creches conveniadas. Esse montante de dívida chega a R$ 45 milhões. Além disso, a Prefeitura pressionou para que o pagamento de atrasados fosse feito com a redução do repasse mensal em 25% retroativo a julho de 2020, em clara demonstração de desrespeito ao que preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).