Ato promovido por ambulantes na frente da prefeitura reivindicando melhores condições de trabalho, em 2020. Na foto, Maria de Lourdes do Carmo, coordenadora do Muca.Estefan Radovicz / Agência O Dia
De acordo com o Muca, vários camelôs e ambulantes relatam diariamente práticas abusivas, como apreensões sem legitimidade, agressão e forjamento de irregularidades. Ainda segundo o Movimento, esse cenário tem se tornado pior após o início das Operações de Verão, realizadas em Copacabana.
A coordenadora do Muca e dos Sem Direitos, Maria dos Camelôs, diz que busca uma solução pacífica, mas que a violência praticada pelos agentes é inaceitável. “São tantas denúncias graves e revoltantes que chegam até nós todos os dias. Não podemos ficar parados! Nos unimos aos trabalhadores de Copacabana para repudiar essas operações da gestão de Eduardo Paes. Não podemos aceitar a discriminação da categoria, muito menos as violências praticadas por agentes públicos da Prefeitura do Rio. Nós buscamos diálogo. Aguardamos, desde 2020, que se cumpram as políticas públicas prometidas na campanha eleitoral de Eduardo Paes. Estamos, mais uma vez, tentando uma solução que seja boa para todos. O que não vamos tolerar são os abusos frequentes e ilegais”, afirma.
A Secretaria de Ordem Pública (Seop) reconhece uma intensificação na abordagem, porém nega qualquer excesso. A pasta diz ainda que a GM atua dentro dos limites da lei e que se um ambulante irregular for encontrado, o papel de ordenamento — competência atribuída enquanto órgão responsável — será cumprido.
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