Deslizamento de pedras matou um senhor de 80 anos na Rua Pedro Américo, no Catete, enquanto assistia televisão no quarto de casa, devido a grande chuva na noite de ontem. Fotos: Pedro Ivo/ Agência O DiaPedro Ivo/ Agência O Dia
Ações de prevenção a tragédias recebem recursos após as chuvas
Estabilização geotécnica, no entanto, continua com menos investimentos do que prevê a LOA
Depois do caos das chuvas desta semana — que causaram mortes —, a vereadora Teresa Bergher viu uma resposta da prefeitura no Diário Oficial: três ações importantes para a prevenção de tragédias receberam recursos. Com o dindim que pingou, a implantação de esgoto na Zona Oeste e as ações de estabilização geotécnica ultrapassaram o que estava previsto na Lei Orçamentária Anual. Foram R$ 1,2 milhão e R$ 79 milhões a mais, resultando em um crescimento de 5% e 81%, respectivamente. Em compensação, mesmo com os R$ 34,6 milhões liberados para custear obras de manejo de águas pluviais, a o valor continua abaixo daquele aprovado pela Câmara. "Em menos de dois meses, foram cortados R$ 198 milhões do total de ações contra enchentes, uma redução de 14%", lamenta Teresa.
Em nota, a Prefeitura do Rio destaca que a Lei Orçamentária Anual prevê receitas externas, parte delas captadas por meio de convênios com o governo federal que não se concretizaram.
"A previsão inicial em 2022 era utilizar 65,8% de recursos municipais e 34,2% de externos. No entanto, sem a liberação, a Prefeitura teve que gastar recursos próprios que chegaram a 92,3% de todos os investimentos para obras de prevenção a enchentes. Enquanto, o Governo Federal ficou responsável por apenas 7,6% do montante investido na cidade do Rio de Janeiro".
A administração lembra ainda que, apenas em recursos do próprio município, os empenhos com ações de combate a enchentes saltaram de R$ 109 milhões em 2021 para R$ 335 milhões no ano passado. Nesse mesmo período, os recursos externos foram, respectivamente, de R$ 38,7 milhões e de R$ 33,1 milhões.
Solução temporária para problema que se arrasta
Por causa das chuvas, a água fornecida ao Shopping Piratas, em Angra dos Reis, passou a chegar com cor de barro. Sem poder esperar uma solução, a gerência do estabelecimento precisou de caminhões pipa. Só nesta semana, foram seis veículos com capacidade de 20 mil litros.
Picadinho
Hoje, a partir das 10h, a ONG Nóiz inaugura o projeto "Entre Elas". O objetivo é acolher e fortalecer as mulheres por meio de rodas de conversas.
Vão até o dia 28 as inscrições para alunos da rede pública de ensino interessados em aulas gratuitas de vários instrumentos, nos polos do projeto Geração de Sons.
Na segunda, a roda de conversa "Como ecoa hoje o grito do Chico?", na Blooks, de Botafogo, tem participação de Ana Borelli, Carlos Minc e Lucélia Santos, entre outros.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.