Rio sedia Econ Maratonfoto de divulgação

O Rio de Janeiro serve de pista para uma das maiores competições sobre inovação em de veículos e eficiência energética. A grande novidade são os projetos movidos a hidrogênio, considerado o combustível do futuro. Com a maior adoção de automóveis elétricos, soluções neste segmento e baterias mais eficientes também se destacam na sexta edição do evento que acontece entre os dias 30/08 e 01/09 no Píer Mauá reunindo universitários da América Latina que projetam e constroem protótipos movidos de diferentes fontes.

O objetivo é estimular projetos que percorram a maior distância possível com a menor quantidade de energia consumida. Assim, ajudar a impulsionar o crescimento da mobilidade sustentável e eficiente no mundo.

Neste ano, também é esperado um aumento de veículos de Conceito Urbano apresentando novas tendências de mobilidade e com uma aparência mais próxima aos carros de passeio.

Competição diversa e multicultural
A Shell Eco-marathon Brasil reúne 39 equipes, com mais de 300 estudantes de todas as regiões do Brasil e de países como Argentina, Bolívia, Colômbia, México e Peru. Nesta sexta edição os veículos vão concorrer em três categorias: Combustão Interna (gasolina, etanol e diesel), Bateria Elétrica e Hidrogênio, categoria de estreia na maratona, que promete trazer ainda mais inovação e tecnologia para o desenvolvimento dessa promissora matriz.

A maior parte dos participantes são do Sul e Sudeste do país. O Rio de Janeiro tem o maior número de equipes, um total de três. Do Nordeste competem projetos do Maranhão e do Piauí. De países da América Latina, são sete inscrições, sendo quatro do México, e outras da Bolívia, Colômbia e Peru.

Desafio da eficiência energética
Para serem avaliados, os veículos passarão por inspeção técnica e deverão percorrer um circuito de cerca de 10 km com o mínimo de combustível possível. A equipe vencedora será a que fizer a maior distância com a menor quantidade de energia. Os treinos e a competição acontecem no Armazém 4.
Duas equipes vão competir com veículos movidos a esse gás, com representantes do México e da Bolívia. Além disso, é crescente o número de equipes que constrói e utiliza protótipos com fontes de energias mais sustentáveis. Nesta edição, 66% dos protótipos concorrem na categoria Bateria Elétrica, mais que o dobro do número de veículos da categoria Combustão Interna (gasolina e etanol).
Linha do Tempo

Durante os anos, a competição evoluiu e passou a ter não só protótipos movidos a combustível, como gasolina e etanol, mas também alternativas mais inovadoras. Este ano será a primeira vez que haverá equipes competindo com carrinhos movidos a hidrogênio, considerada uma das fontes do futuro e muito importante na jornada da transição energética.

Na edição passada, em 2022, na categoria motor à combustão interna, a equipe paranaense Pato a Jato conquistou o tetracampeonato e atingiu o marco de 619km/litro de etanol. Para se ter uma noção, a distância percorrida com um litro de etanol seria o equivalente a cidade de São Paulo a Balneário Camboriú (Santa Catarina). Na categoria Bateria Elétrica, a equipe Milhagem UFMG Elétrico, da Universidade Federal de Minas Gerais, fez história e conquistou o primeiro lugar com um nível de eficiência energética de 312 km/kWh. O marco seria suficiente para percorrer o trajeto entre Resende (RJ) e Santos (SP).