Pica-pau, a grande estrela de São Gonçalo acervo ASAS

Em menos de um ano, São Gonçalo emerge como um abrigo de esperança para a fauna silvestre, redefinindo os padrões de cuidado e proteção. O município tomou a dianteira ao inaugurar o pioneiro na região Centro Público de Recuperação de Animais Silvestres, um marco que ecoa como um compromisso com a biodiversidade local.
O projeto, estreitamente alinhado com a Área de Soltura de Animais Silvestres (ASAS), na Área de Proteção Ambiental de Maria Paula (APA de Maria Paula), vem traçando um caminho sólido na direção da coexistência harmoniosa entre seres humanos e animais selvagens.
“ Desde que inauguramos já passaram por nós, cerca de 200 animais silvestres das mais variadas espécies, espécies essas, que não tinham antes como serem tratadas dentro de nossa cidade e acabavam sendo levadas de nossos ecossistemas, contribuindo para a síndrome da floresta vazia . Literalmente empobrecíamos nossas florestas”, disse o Biólogo e Especialista em Políticas Ambientais e idealizador do projeto, Glaucio Teixeira Brandão .

A parceria com a Universidade Estácio de Sá acrescenta uma dimensão científica de peso a esse esforço. Juntos, eles desvendam os segredos da sobrevivência das espécies. Um projeto notável é o manejo alimentar do pica-pau-de-cabeça-amarela (Celeus flavescens). Baseando-se nas rotinas naturais dessa criatura, eles conseguiram recriar um ambiente semelhante ao seu habitat, mesmo em cativeiro. Resultados surpreendentes vieram à tona: os pica-paus recuperaram-se vigorosamente, ganharam peso e exibiram comportamentos que só poderiam ser vistos em liberdade.
“A pesquisa ganhou visibilidade no 46º Congresso da Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil, onde foi apresentado por um dos nossos alunos, demonstrando a importância do manejo de conservação de espécies através de equipamentos públicos como a ASAS. Uma oportunidade para nossos alunos crescerem profissionalmente e para a comunidade aprender sobre a importância da conservação das espécies selvagens.” - detalhou o professor-doutor Bruno Cabral Pires - Médico Veterinário e coordenador dos projetos de pesquisa.