O ciclone extratropical é um fenômeno decorrente do encontro de frentes frias e quentes, geralmente ocorrendo durante o inverno com incidência maior na Argentina, Uruguai e Paraguai e raramente subindo e ultrapassando as fronteiras brasileiras. No entanto, o registrado essa semana é o quarto que assola o sul brasileiro somente este ano.
Assim como em várias partes do mundo, o Brasil também sofre efeitos diretos das mudanças climáticas através de fenômenos cada vez mais frequentes, com maior intensidade e ocorrendo em áreas onde não eram registrados.
Apesar de se formarem entre 80 a cem por não, raramente os destrutivos ciclones atingiam o solo. E grande parte se dirigia e dissipava nos oceanos. Agora calcula-se que a incidência dos mais intensos, de categoria 3 ou superior, dobrará no mundo devido ao aquecimento global.
Pesquisadores estimam que até o ano 2050 eles devem chegar a lugares nunca atingidos e portanto despreparados para lidar com esse tipo de fenômeno. O Rio de Janeiro era uma das áreas em que raramente aparecia. No entanto, surgiu no final de março no formato “bomba”, nome dado quando se forma de uma maneira muito rápida, como se aparecesse do nada. Nesse formato surpreendem até os meteorologistas e impedem que as autoridades e população se preparem, gerando grandes transtornos e destruições.
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