Bruno Machado, Patrícia Abaurre e sua filha Letícia Machado, de Vitória (ES), foto de divulgação

Enquanto aguardamos ansiosamente a chegada de Papai Noel aqui do lado debaixo do Equador, um grupo de brasileiros decidiu inverter o caminho, dirigindo-se ao Hemisfério Norte, a terra do Bom Velhinho, expressão usada pela força da tradição, porém, desassociada do debate reflexivo sobre o etarismo. Mas isso, é uma outra história. 

A expedição levou-os à Islândia em busca das mágicas auroras boreais, mas acabou recebendo de presente a visualização de um outro espetáculo da natureza: uma erupção vulcânica de grande magnitude na península de Reykjanes, a cerca de 50 quilômetros de Reykjavik, a capital islandesa.

Bruno Machado, Patrícia Abaurre, e sua filha Letícia Machado, de Vitória (ES), viajavam por uma estrada na região quando avistaram a erupção no horizonte. Eles fazem parte da expedição liderada pelo curitibano Marco Brotto, especialista em auroras boreais.

O grupo descreve a experiência como marcada por uma mistura de admiração, respeito e fascínio diante da força impressionante da natureza.
"Já vimos vulcões em atividade no Havaí e no Chile, mas vivenciar o momento exato do início da erupção foi uma sensação única para nossa família. Com certeza, a viagem para ver a aurora boreal ficará para sempre marcada por essa erupção fantástica, mostrando toda a força da natureza e o poder de Deus", expressou Bruno Machado.

A gaúcha Debora Fajardo, de Bento Gonçalves (RS), também emocionou-se:
"Sentimento de gratidão e de estar sendo abençoada ao presenciar esse espetáculo da natureza, da força e energia que vem das profundezas da terra! De cara senti porque a Islândia é a terra do gelo e do fogo! Amei."

Para Marco Brotto, que já liderou mais de 130 expedições em busca de auroras boreais, compartilhar essa experiência com seus viajantes é mais um momento de realização pessoal e profissional na carreira.
"Essa é a segunda vez que me deparo com uma erupção na Islândia. Presenciar isso a olho nu é incrível. Dessa vez, em apenas uma hora, a fenda fez 2 km e jorrou lava a 190 metros de altura. Foi deslumbrante, especialmente porque respeitamos o fenômeno e o visualizamos com toda a segurança, claro", relata.

Segundo o Gabinete Meteorológico do país, o vulcão ativo resulta de uma rachadura na superfície terrestre que cresceu rapidamente, ultrapassando os 3 km de distância. Nos últimos meses, a região foi impactada por milhares de terremotos.
Réveillon diferente
Já um outro grupo, que espera ter a mesma sorte do anterior, se organiza para o fim de ano na Lapônia, mais especificamente apontado como o verdadeiro lar do Papai Noel. 
A região é conhecida  como a terra de Joulupukki, o equivalente finlandês ao Papai Noel. Segundo a tradição local, ele vive nas profundezas das florestas, onde, acompanhado por seus ajudantes, os "elfos" ou "duendes" (conhecidos como "Tonttu" ou "Pukki"), ele se prepara para o Natal fazendo uma lista de crianças que se comportaram bem durante o ano.

A lenda do Papai Noel finlandês tem raízes antigas, conectadas à figura histórica de São Nicolau, mas ao longo do tempo, adquiriu características próprias, influenciadas pela cultura local. Ao contrário do Papai Noel ocidental, Joulupukki é retratado muitas vezes usando roupas feitas de lã de rena, refletindo a importância desses animais na vida e na cultura lapônica.
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