Degradação do Solofoto de divulgação Embrapa
De acordo com o relatório da FAO (Food and Agriculture Organization), com participação de pesquisadores da Embrapa Solos, com sede no Rio de Janeiro, 33% desses ambientes do mundo estão degradados por erosão, salinização, compactação, acidificação e contaminação. Ainda são registradas práticas agressivas, como: deposição, disposição, descarga, infiltração, acumulação, injeção ou enterramento de substâncias e produtos poluentes nos solos e subsolos. Essas incidências precisam ser eliminadas urgentemente.
Para marcar a data, a Embrapa Solos promove na sede do Jardim Botânico um seminário para discutir a relação das pastagens com os solos reunindo cientistas e especialistas.
Mudanças Climática
Essas alterações ambientais e meteorológicas também afetam direta e indiretamente na degradação do solo, cuja qualidade é impactada por fatores como ondas de calor, secas, inundações, geadas, salinizações, desertificações, entre outras. A ação humana resulta em impactantes como: chuvas ácidas, desertificações e poluição dos lençóis freáticos. São variantes que influenciam diretamente no empobrecimento do ambiente. No caso específico do Brasil, ainda é alta a incidência de erosão, esgotamento de nutrientes, perda de fertilidade e contaminação.
“A conservação do solo é essencial para a adaptação às mudanças climáticas. Quanto mais preservado ele está, mais equilibrado ficam os ecossistemas. A superfície em boas condições mantém a vegetação, a fauna e o equilíbrio tanto do ecossistema natural quanto do antropizado (modificado pelo ser humano). Se o solo está bem protegido, a vegetação natural que ocorre ali continua fazendo suas funções, permitindo que as diferentes formas de vida se desenvolvam naquele lugar”, explica André Ferretti, gerente de Economia da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN)
Impactos da Agropecuária
Apesar da primeira política oficial de conservação dos solos no Brasil ter sido implantada em 1949, ainda são constatados casos de condutas inadequadas, como o desmatamentos para plantações e pastos, assim como práticas de manejo inconsequentes. Muitos cultivos ainda estão longe de alcançar um equilíbrio sustentável, retirando nutrientes da terra sem a devida reposição ou desrespeitando o tempo natural de regeneração do ambiente.
Isso sem falar nas queimadas intencionais para a destruição da vegetação original, prática que reduz drasticamente a qualidade do solo. Num círculo vicioso, para suprir esse empobrecimento provocado é preciso aumentar a quantidade de fertilizantes químicos, gerando mais poluição do solo e lençóis freáticos. Isso sem falar nos impactos dos agrotóxicos!
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