O levantamento do SNIC mostra ainda que, no acumulado do ano (janeiro a maio), a comercialização do produto teve queda de 2,5%Freepik
O levantamento do SNIC mostra ainda que, no acumulado do ano (janeiro a maio), a comercialização do cimento teve queda de 2,5%. O balanço do sindicato aponta que o alto endividamento e a inadimplência das famílias, além da taxa de desemprego em patamares ainda elevados, aliado com a lenta recuperação dos salários, agravados pelas incertezas econômicas, continuam a afetar o setor. “A persistência da alta taxa básica de juros penaliza a cadeia da construção civil não apenas nas vendas, mas também na geração de emprego, renda e na retomada das obras para o desejável retorno do Brasil ao crescimento”, analisa Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC.
Queda de 44,4% nos lançamentos
Para Henrique Blecher, CEO da Nivi Real Estate, fatores como restrição de demanda e dificuldades de acesso ao crédito imobiliário por parte dos compradores estão travando os lançamentos. O executivo pontua que a insegurança em relação ao futuro, por parte dos compradores, e os altos custos dos insumos da construção civil, do lado das incorporadoras, são outras travas que limitam a construção de novos empreendimentos no Brasil.
"Uma alternativa imediata seria o aumento de preço dos novos empreendimentos. Mas aí entramos em outro problema, que é a restrição de crédito aos consumidores. Está mais difícil e mais caro tomar dinheiro emprestado, isso vale tanto para o comprador como para as incorporadoras. No cenário atual, tudo dificulta o avanço do setor de construção", pondera Blecher, que neste ano fundou a Nivi, plataforma de inteligência e investimento focada no mercado imobiliário.


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