Rio - Enquanto Luciano Huck assume ares de candidato em campanha e não descarta disputar eleição para presidente da República, Angélica, mulher dele, faz a parte dela. A partir de hoje, ela estreia novo formato de seu programa, agora chamado ‘Estrelas Solidárias’, na Globo. Esqueça os passeios da apresentadora na Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio. De agora em diante, só ações sociais. Logo na estreia, ela visita uma instituição que reaproveita flores descartadas e as leva para casas de repouso e pessoas carentes. “O programa vai fazer 11 anos no ar e merecia este presente, e o público merecia algo novo”, explica Angélica.
NOVO FORMATO
O ‘Estrelas Solidárias’, como o nome já anuncia, tem como princípio a união faz a força e a diferença. “Eu passei a ter um novo olhar sobre as coisas e o ‘Estrelas Solidárias’ é isso. O caminho mais bacana da gente seguir é ajudar o outro, porque o mundo está uma confusão, vemos muito desamor, e incentivar as pessoas a olhar para o lado e verem que tem alguém ali que elas podem ajudar. Isso é o máximo”, observa ela, que na estreia terá a companhia dos atores Débora Nascimento e Jesuíta Barbosa.
SOLIDARIEDADE EM FAMÍLIA
Casada desde 2004 com Luciano Huck e mãe de Joaquim, de 12 anos, Benício, de 9 anos, e Eva, de 4 anos, a loura conta que já começou a levar para casa os princípios para criar os pequenos como pessoas mais solidárias. “Procuro passar isso para os meus filhos. Chego em casa e conto onde eu fui e o que aconteceu. É a minha forma de tentar viralizar em casa o meu sentimento. Dá para perceber que as pessoas que são voluntárias hoje tiveram muito incentivo em casa, ou às vezes, os pais já faziam voluntariado”, salienta ela, aos 43 anos.
“Eu estive sempre envolvida com campanhas, mas nunca tinha participado de algum trabalho assim colocando a mão na massa. E estar ali doando meu tempo está me motivando muito. Nas redes sociais, vemos muitas campanhas, e a gente ajuda às vezes sem falar que está ajudando, porque as pessoas acabam julgando, falando que estamos querendo aparecer. Sempre tem um espírito de porco para tumultuar a campanha, mas o importante é ajudar o outro sem se importar com o que as pessoas vão achar”, completa a apresentadora.
VIAJAR COM FILHOS
Assim como o formato anterior, o ‘Estrelas Solidárias’ terá também viagens pelo país. A diferença é que no formato tradicional as viagens eram na temporada de férias. No atual, as idas e vindas serão para mostrar exemplos gratificantes de ajuda ao próximo. Mas como normalmente são viagens curtas, ela nem leva mais os herdeiros. “Por enquanto, eles estão só observando. Teve um projeto que visitei onde tinha 700 crianças. Eu me arrependi de não tê-los levado porque eles iriam adorar. Se tiver oportunidade e tempo, eu vou levar porque é importante o exemplo. Espero que o programa deixe uma coisa bacana para púbico e para os meus filhos”, torce.
MORAR NO EXTERIOR?
Quando viaja com os filhos para fora do país, dois meses por ano, Angélica confessa que tem a oportunidade de viver uma outra realidade e que toda família fica mexida com a diferença de cidadania e educação no exterior. Mas descarta morar fora do país. “Somos brasileiros, moramos aqui, nosso trabalho é aqui, meus filhos vão ser criados aqui e temos que tentar fazer nossa parte para aqui ser melhor”, enfatiza.
PERTO DO PÚBLICO
O contato com o público aumentou muito mais com esse novo formato. Se antes era algo mais de bastidor, que não aparecia na frente das câmeras, com o novo programa Angélica arregaça as mangas, sua, chora, “troca figurinhas” com o público. “Eles perguntam muito sobre a minha família. As crianças adoram o Luciano, me pedem para mandar beijo, as vovozinhas também, e falam dos meus filhos e dizem que eles são tão bonitinhos. É diferente do contato que sempre tive com a plateia, porque é uma conversa ao pé do ouvido”, compara.
OUTRAS ESTRELAS
Mas ela não estará sozinha. Paralelamente à visita que a apresentadora fará em uma instituição, outras duas personalidades também colocam a mão na massa em outras iniciativas e, por fim, os três se reencontram para falar sobre a experiência obtida nessa realidade. “É o que mais estou gostando de fazer (de botar a mão na massa)! Claro que a gente tem que mostrar o projeto, conversar, fazer entrevistas com as pessoas, mas o mais legal é ser o voluntário. É legal poder fazer, carregar caixa, e sentir na pele o que as pessoas fazem. Eu me prendo muito na coisa de alguém sair de casa e doar seu tempo e seu suor pelo outro que nem conhece”, comemora.
EMOCIONADA
A escolha das instituições visitadas pelo programa é feita pela produção. Mas ela revela que fica muito tocada quando lida com idosos. “Asilo é um negócio que me mata porque sempre gostei muito de estar com idosos. Acho loucura nesse país não existir uma atenção com o idoso. As pessoas trabalham tanto e, às vezes, no fim da vida ficam lá jogadas, é uma coisa que não consigo entender”, critica.
DIFERENÇA DO ‘CALDEIRÃO’
Apesar de continuar no mesmo dia que o marido, apresentador do ‘Caldeirão do Huck’, e de terem o mesmo diretor, Hélio Vargas, e de abordarem temas como ajuda ao próximo, Angélica aponta as diferenças entre as duas atrações. “O ‘Caldeirão’ tem a questão da premiação, queremos premiar o público com gestos apenas”, frisa.