Por karilayn.areias

Rio - Manter o peso desejado pode se tornar um verdadeiro desafio. Muitos são os fatores que influenciam o ganho ou perda de peso: entre eles, os fisiológicos e, com igual importância, os psicológicos. “Quando pensamos em processo de emagrecimento, o que nos vêm primeiro à mente são as restrições, dietas e atividade física para obter o objetivo determinado. Mas não podemos deixar de levar em consideração que temos vontades, sentimentos e emoções que influenciam nosso comportamento, inclusive no ‘comportamento’ de comer”, esclarece a psicóloga Luiza Martins. “Muitas pessoas comem porque se sentem entediadas, solitárias, estressadas, ansiosas ou por qualquer outro motivo que não esteja relacionado diretamente à necessidade fisiológica de se alimentar, então comer aquele alimento desejado se configura em um ‘carinho’ que a pessoa se faz”.

A nutricionista Isabel Vieira(E) e a psicóloga Luiza MartinsDivulgação

A psicóloga reforça ainda que esse ‘falso afeto’, se tratado como regra, pode causar efeitos negativos para a saúde. “Para obter um processo de emagrecimento favorável é importante readaptar seu cérebro, modificando sua relação com a comida. Ou seja, o acompanhamento multidisciplinar da nutrição, educação física e psicologia é essencial para que a mudança de hábitos seja permanente e não momentânea na vida do indivíduo”, ensina Luiza, que junto com a nutricionista Isabel Vieira criou o Grupo de Emagrecimento LeveMente, em que fazem um trabalho multidisciplinar ao redor do tema.

Em relação ao projeto, Isabel reforça que ele veio da necessidade de evidenciar a importância da união da nutrição e da psicologia no suporte ao processo de reeducação alimentar. “Associam a alimentação saudável apenas ao processo de ganho ou perda de peso, mas deixam de pensar que cada alimento que comemos está diretamente relacionado a todos os nossos sinais e sintomas, sejam eles bons ou ruins”, diz a nutricionista.

Um dos grandes ‘prejuízos’ observados no abandono de uma rotina saudável foi o chamado ‘efeito sanfona’, quando a mudança de hábitos não se mantém. “Quanto mais a pessoa oscila, mais difícil é para voltar a emagrecer, porque causa desmotivação, desânimo. É um fator psicológico. Os malefícios são inúmeros. E tem a questão fisiológica porque você acaba criando mais células de gordura, então tem mais chances de acumular gordura depois. E claro, a questão de refazer todo caminho para reestabelecer hábitos saudáveis deixando os ruins de lado”.

Luiza afirma que um dos grandes diferenciais de se participar de um programa como este é a possibilidade de troca com pessoas que compartilham das mesmas dificuldades e se sentem sozinhas nesse processo. “O grupo é para pessoas que estão com a autoestima baixa, que já tentaram de diversas formas emagrecer e não conseguiram e vivem em um eterno efeito sanfona. Acreditamos que o trabalho que integra mente e corpo tem maiores possibilidades de resultados positivos”.

Gabriela Romano, 25, conta que durante a infância e adolescência não se preocupava com a alimentação, mas que isso ficou no passado. “De uns meses para cá, após diversas tentativas de dieta, vi que precisava mesmo mudar os hábitos porque senão sempre voltaria ao peso anterior”, revela. “Hoje, consigo viver tranquilamente sem doces, frituras e as besteiras que comia diariamente. Meu condicionamento físico e disposição também melhoraram, mesmo em pouco tempo de programa”.

Para maiores informações: levementeprograma@gmail.com

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